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20/11/2010

Locu-Som!

Ouço um barulho
dentro de mim...
Um barulho
que não existe...
... mas tem vida!
Um barulho
que acaba...
... sem fim!

São palavras
brigando pela morte...
lutando pela vida...
lutando para fugir
à sepultura
em que
foram atiradas.

Palavras clamando!
Procurando saída...
Procurando 
um réu a quem 
possam julgar e acusar
pelo assassínio 
de uma 
ilusão perdida

E...

... de repente...

Todas olham
em minha direção
E apontam-me
o dedo sórdido
(sem compaixão)
E gritam...
E eis
que suas vozes crescem 
em meus pensamentos...
(Em tom de revolta)
E suas ondas
se expandem em minha 
mente
formando uma corrente
de sentimentos
que me aprisionam
à matéria!

Que som será este
que dilacera 
as coronárias
e encarcera o espírito no barro
e que somente
as almas sádicas 
e imortais podem ver?

Um som 
que não soa
mas ressoa...

Um som
sem som!...
... que não se pode ver
nem ouvir...
apenas sentir...

Locu-Som!
(Wally elsissy)

2 comentários:

Hamires C. Ferreira disse...

É novidade se eu disser que me identifiquei? Rs.

Foi tipo... queixo bate no chão.

Para muitas pessoas isso pode soar abstrato - seu poema -, mas em minhas lembranças é algo mais concreto do que eu gostaria. E imagino que para ti também.

Unknown disse...

Eu também me identifico com quase tudo que você escreve.
Se tiver mais algum que você se sinta assim, comente, please!

bjos

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