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03/11/2011

Escolhendo o cão certo para quem está doente

Quando o medicamento resolve a dor, mas não repõe sentimentos de felicidade e vontade de viver, a medicina cede lugar a métodos alternativos.

Comprar ou adotar um cachorro compatível com as diferentes exigências impostas por doenças ou necessidades especiais pode revolucionar o quadro de quem é afetado por depressão e câncer, melhorar a qualidade de vida de cadeirantes e autistas, além de preencher o vazio dos solitários.

Embora não exista uma raça específica para cada tipo de doença ou limitação, é possível selecionar o cão mais adequado combinando perfis. Terapeutas e veterinários ajudam no processo seletivo para que a companhia e a interação com o animal seja revertida em melhora da saúde.

Uma grande variedade de cães pode ser usada como coadjuvante no tratamento de doenças. Embora as diferentes raças deem pistas do comportamento do animal, o perfil não é universal, explica o veterinário. 
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Cachorros disponíveis para adoção também são muito recomendados, pois o vira-latas é um bicho carente por natureza, disposto a dar atenção e a receber carinho. 


Além disso, o comportamento deles, no dia da escolha, já está definido.

“Filhotes podem ser educados e treinados, mas cães já crescidos terão menos risco de alteração comportamental”, diz Cohen, veterinário e dono da clínica Pet Angels, em Ipanema, no Rio de Janeiro. A experiência dele no uso de animais de estimação como tratamento é consequência não apenas da rotina no consultório, mas reflete um pouco de sua história familiar.

"Minha irmã é cadeirante e precisou de um cachorro que adequado às limitações físicas dela. O animal precisa pular no colo facilmente. Ele não pode ser estabanado e atrapalhar os movimentos do dono. Hoje, após ensinamentos e treinos, o cachorro é um facilitador, responde aos comados de voz, pega muitas coisas para ela, além de ser um grande companheiro."

O especialista ensina: é fundamental combinar as características do bicho com as principais necessidades do paciente. Crianças em tratamento contra o câncer, por exemplo, precisam de animais alegres e companheiros, que estimulem a brincadeira e, ao mesmo tempo, demandem carinho e atenção. Nesse grupo, é possível escolher entre maltês, poodle, pug, cocker spaniel e fox paulistinha, sugere o especialista.

“Raças pequenas ficam em vantagem quando a debilidade dos pacientes é um determinante. Animais maiores também podem ser animados e carinhosos, mas exigem, além de espaço, uma mobilidade que nem sempre o doente tem para dar.”

O processo deve ser baseado em qualidades e na exclusão de certos “defeitos” do bicho, defende Ceres Faraco, terapeuta e veterinária, coordenadora do Programa de Terapia Mediada por Animais em algumas unidades dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da infância e adolescência, em Porto Alegre.

"Ele precisa ser capaz de se apegar e ter bastante energia. É a interação com o animal que estimula o doente a sair do estado introspectivo e ser mais sociável. O cachorro também não pode ser agressivo, precisa compreender voz de comando e ter o latido controlado. Algumas raças tendem a desenvolver problemas de coluna, doenças de pele e degenerativas. Isso também deve ser analisado e excluído, pois pode ser prejudicial à relação com o paciente.”

A médica usa os animais como ferramenta de trabalho. Os cães são selecionados de acordo com as características do grupo atendido. A escolha é baseada em temperamento, personalidade e, por último, raça. Hoje, Ceres tem como membros de sua equipe três animais: duas fêmeas (border collie e lhasa apso) e um macho (fox paulistinha).

No trabalho desenvolvido pela especialista, o trio de cães é a pedagogia usada para tratar crianças com transtornos de desenvolvimento, autistas e portadores da síndrome de down. “Eles ajudam a melhorar a locomoção e estimulam a fala. É preciso que a criança fale para que o cachorro entenda comando de voz.”

Em quadros de tristeza e depressão pesam outros critérios de escolha, principalmente quando o cão será companhia de idosos. Segundo Cohen, o golden retriver e o pug são duas raças muito apegadas ao ser humano. Fazem companhia sem incomodar e têm oscilações de humor similares ao quadro da doença no homem.

“São muito indicadas para quem tem mobilidade diminuída por conta de depressão. Eles alternam períodos de grande agitação com calmaria extrema. Ajudam a colocar a pessoa em movimento, sem exigir demais.”
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Quando o objetivo não é aliviar os sintomas clássicos de quadros depressivos, apenas romper a solidão e combater o sedentarismo, o cachorro deve exigir do dono participação, interação, latir pouco e ser menos ativo: bulldog, chow-chow e o rusky siberiano são companheiros perfeitos.

03/10/2011

2 Ebooks sobre o TPB

Agora os livros "Sensibilidade a Flor da Pele" e "Alta Sensibilidade Emocional" estão ambos disponíveis na versão ebook.

Confira:

15/09/2011

Depoimento - Como Conviver com o Border?

A dica vem de um cuidador.
Pedi a autorização e copiei o comentário dele de uma comunidade no Orkut:

Meus caros

Como conviver em paz com uma borderline? Qual é o nosso papel para não piorarmos a vida dela?

O que funciona pra vocês?

Meu relato: Quando os sintomas borderline de minha esposa estavam muito acentuados, meu desempenho profissional ficou comprometido. Eu via meus colegas de trabalho gerando resultados e eu, nada. Isso dói na autoestima. Será que sou medíocre?

Perdi dezenas de milhares de reais, a vida dela estava em sério risco, a minha vida foi ameaçada 2 vezes e tive que assumir o papel de mãe para proteger nosso filho pequeno.

Comparar-me com os colegas no Brasil, me deprimia. Então passei a me comparar com indivíduos sequestrados, indivíduos que convivem com homens bomba no Oriente Médio: estas eram as realidades mais similares às minhas.

Depois de passarmos por muitos psiquiatras e psicólogos, minha esposa se recusa a fazer terapia e a tomar remédio. O que fazer? Tirar os direitos civis dela? Quando os profissionais de saúde não dão conta, o apoio vem de advogado...

Mas gosto demais ela, sinto que ela não tem culpa de ter este transtorno. Como ela não quer tomar ação, só me restou eu me mudar: Comecei a aplicar os treinamentos da Prof. Marsha Linehan em mim mesmo.

Estes treinamentos são muito eficazes nos EUA para o border gerar competências para conseguir superar seus sintomas. É a Terapia Comportamental Dialética em 4 blocos: controle das emoções, tolerância ao estresse, resolução de conflitos e "estar desperto".

Quando o comportamento dela é inadequado, eu ficava bravo mais do que o proporcional: era a minha frustração de ter perdido rios de dinheiro há um ano. 

Com os treinamentos da Prof. Linehan para controle de emoção, aos poucos, vou conseguindo maior controle sobre as minhas reações emocionais para que o “amplificador emocional” dela não tenha matéria-prima para deflagrar crises.

A poeira baixou nos últimos 10 meses.

06/09/2011

A Importância do Ambiente onde Vive o Borderline

(por Maria Roberta - leitora do blog)

O tratamento para o transtorno de personalidade borderline deve contar com 3 fatores: medicamentoso, terapêutico e ambiente favorável.

Um ambiente favorável siginifica que o ambiente que o border está não deve gerar a ele stress, alterações de humor, não deve ser dominado por discussões ou brigas. 

O border fica mais estável quando o ambiente está mais estável, fica mais tranquilo quando o ambiente está mais tranquilo

Por isso, é muito importante que a família participe do tratamento - o que siginifica ir, quando solicitada, às terapias, por exemplo.

É muito importante que todos estejam cientes do tratamento, border, familiares e que todos estejam engajados na melhora do paciente.

As vezes, morar com familiares gera muito stress ao border e ele tem condições de morar sozinho.

E, de repente, sozinho consegue ficar mais calmo, consegue fazer suas coisas, não ter brigas e, portanto, fazendo seu tratamento, consegue alcançar sua qualidade de vida.

As vezes, morando com sua familia, vive um nivel alto de stress. Mas, a partir do momento que todos o acompanham na terapia, a dinamica da familia muda e o ambiente passa a ficar mais calmo, mais tranquilo e o border pode seguir com seu tratamento e melhorar.

Mesmo com a medicação acertada e uma terapia correta, se o ambiente não for propício, a melhora do border pode ser mais lenta ou mais difícil.

É imprescindivel termos consciência de quais recursos temos para podermos melhorar. E nos mantermos bem!

Já não é fácil diante de tantas variáveis que temos que lidar. 
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Quanto mais claro for quais são elas, melhor para nossa saúde.

24/08/2011

Depoimento - Cuidadora Amiga

Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Eu amo enlouquecidamente um homem de 42 anos, diagnosticado borderline, mas que se recusa a fazer tratamento. 

Já estamos juntos há mais de três anos. Namoramos oficialmente um mês e do nada rompeu comigo de forma brutal e inesperada.

E foi dentro do nosso ambiente de trabalho e nada pude fazer, chorei muito por rejeição e humilhação. Foi como se mundo se abrisse em uma fenda aos meus pés.

Depois ele acabou me procurando como se nada houvesse ocorrido. Segurei a onda e fingi que eu estava ótima e havia encarado numa boa nosso rompimento. 

A dor foi profunda porque ele me fez acreditar que eu era uma mulher perfeita e incrível. E me deixou perdidamente apaixonada por ele.

Depois disso, evitei falar com ele por oito meses. A acabei por perdoá-lo. Ele teve várias atitudes que me conduziram a isso. Nesse interim ele se relacionou sério com outra garota, mas sempre tentava se aproximar de mim.

Quando o procurei para perdoá-lo, porque aquele rancor estava me fazendo muito mal, ele havia rompido o namoro e acabamos ficando e ficando. Mas ele não quis mais compromisso sério comigo. 

É muito possessivo e ciumento. Mas fico e não fico e percebi, porque estou em terapia, que esse relacionamento só me faz mal. 

Esse blog tem me socorrido porque pude entender que  border não tem atitudes por maldade e nem ele estava me usando

Percebi que ele realmente estava acreditando que me amava. Mas algo nas minhas atitudes o decepcionou porque eu não sou perfeita. E como para o borderline é só amor ou ódio, perfeição ou imperfeição. Nunca poderia estar a altura dessa exigência. 

Esse processo foi muito dolorido, de rejeição, e fiz várias sessões de terapia para eu me sentir responsabilizada pelas minhas atitudes para com ele. 

E saber resistir a essa paixão instável porque não é o que eu procuro na minha vida nessa fase.

Os borders e os não borders podem se relacionar, sim! Mas é preciso fazer escolhas na vida. O que eu quero e espero de uma relação? o que eu suporto, o que eu aguento? Como eu vou caminhar com esse homem...

São esses questionamentos que me fizeram crescer nessa relação. Agora estou me posicionando que quero muito continuar sendo amiga dele. 

O meu amor está se transformando, quero participar da vida dele em uma outra posição, muito querida: uma amiga verdadeira. 

Tenho e posso dar muito amor para ele, mas um amor diferente, querido e amigo.

Um grande beijo a você, querida Wally,
Luciana

22/08/2011

Fred & Cuidadora Apaixonada



Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Querida Esperança, ao ler o seu comentário me sensibilizei muito. Sei o que você está sentindo porque vivo intensamente esse sentimento.

Mas te aconselho: você deve parar. Sim, assim como eu "parei" com o meu Fred. Foi uma decisão muito difícil. Porque eu o amo muito. E como li em outro post, eu amo a luz e a sombra dele. Amo cada pedacinho dele. O DNA dele está na minha pele. 

Minha história é emocionante e romântica porque é real e eu não o abandonei. Fico feliz por todos estarem torcendo por nós. O Fred postou uma declaração de amor para mim e conscientizou-se de sua condição de borderline e eu da minha condição de co-dependente.

Há muito que eu alimentava a nossa doença. Porque, querida, eu também contribuía para alimentar, dando força, passando a mão na cabeça dele e vivendo apenas o papel de vítima.

A Wally ao postar meu comentário, mudou a minha vida e a do Fred. Me senti tão confortada e muito emocionada pelo carinho e repercussão que senti por aqui. Mas foi preciso eu sair do papel de vítima e isso levou muito tempo e muitas sessões de terapia. 

Se você sofre por alguém, pense bem, ele não te faz feliz. O primeiro passo para a cura é admitir que tem o problema, depois buscar tratamento e se comprometer de corpo e alma com ele. Confiar na terapeuta e tomar medicação corretamente.

Eu já estou em terapia há vários anos, e quando a Wally postou meu comentário foi o insight que fez toda a diferença. Você, Wally, foi uma luz que orientou a mim e ao Fred. Estamos nos aproximando a medida que ele está se tratando e parece bem comprometido com essa causa. Ambos estamos bem.

Esperança, preste atenção: Cuide-se, afaste-se dele. Procure um psicólogo para caminhar ao seu lado nesse momento e assim, você poderá avaliar se seus sentimentos são reais ou só a ilusão de um amor idealizado

E ele, necessariamente tem que estar submetido a tratamento, caso contrário a vida dele vai seguir sim, e você, minha amiga vai ficar parada, como imagino que você esteja se sentindo. 

No entanto, você ao postar seu comentário pode ter mudado a sua vida, assim como eu mudei a minha. Coragem!!!

Não viva por ele, mas por você mesma. Nesse momento não importa onde ele está ou com quem. Nesse momento é apenas você.

E olha, ele volta. Ah, volta. Para depois te abandonar de novo, é só um impulso. Você é mais do que um impulso, merece alguém que a ame de verdade. E borders amam, sim! São confusos, difícieis de entender, mas se estão se tratando o amor flui. Estou vendo isso no Fred. Já sofri tanto, tanto por ele...

O nome dessa "cuidadora apaixonada" é Luciana A.
E estamos bem e felizes.

Nem toda a história border tem final infeliz. A nossa está sendo escrita agora, em uma nova página da vida. Não mais com lágrimas de sangue, mas com emoção, trabalho, luta e companheirismo.

Aproveito a oportunidade para agradecer a todos que postaram e torceram por nós e em especial a Maria Roberta pelo carinho com o Fred.

E a você Wally a minha eterna gratidão. Você me ajudou a ser uma pessoa muito mais feliz. Deus te abençõe e encha a tua vida de luz.
Essa luz repercutiu na minha vida e na vida do Fred.

Um beijo a todos vocês e em especial a Wally.
Ao Fred, eu o perdoo por todo o sofrimento. A você que é a paixão da minha vida, eu te desejo toda a felicidade e paz do mundo. 

Parabéns porque você foi corajoso ao postar aqui a sua dor. Parabéns porque ouviu a Wally e está se tratando sem medo e sem vergonha. Eu amo esse novo homem e estarei de abraços abertos, aqui e sempre. Eu te amo.


Luciana A. ("cuidadora apaixonada")

16/08/2011

Recado de uma Borderline

Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Para quem é Border, e pensa que não há como vencer, que não tem como, eu posso dizer uma coisa com toda a sinceridade e autoridade que tenho por ser uma Border em tratamento: Há saída sim!
Há como se manter estável e até feliz... Há como levar uma vida normal, mas é necessário ter força de vontade e muita coragem. 

É necessário querer melhorar. Eu quero. Por isso, não vou somente ao médico, tomo remédio e faço análise.

Comecei um tratamento há quase dois anos, numa ONG Internacional em São Paulo, chamada MET - Movimento Estudantil e Profissional de Terapia Integral, onde se trata Espírito, Alma e Corpo de forma integral. Isso me ajudou MUITO. 

Para quem se interessar, segue o telefone: 11 2574 8092. O tratamento é totalmente GRATUITO, bem como os acompanhamentos terapêuticos.
(por Haia)

15/08/2011

Novo Livro sobre o TPB - Alta Sensibilidade Emocional


Helena Polak se consagrou uma das best-sellers do Clube de Autores com uma temática singular: o Transtorno de Personalidade Borderline.

O seu primeiro título, Sensibilidade à Flor da Pele, já virou referência no mercado pela abordagem: Helena narra um aprendizado e visão de quem convive com o borderline na família. 

Ela fala sobre a aceitação do transtorno e principalmente sobre como lidar com quem o tem.

Seguindo a mesma temática, o novo livro Alta Sensibilidade Emocional contém dicas práticas para melhorar a qualidade de vida de quem está sofrendo com sua alta sensibilidade emocional – uma espécie de complemento ao primeiro título.


Eu ainda não terminei de ler o livro mas posso dizer que o livro é excelente porque além da informação contida a respeito do TPB, contém dicas valiosas de como entender as emoções, controlar a impulsividade, aprender a conviver melhor socialmente, entre outras.

E também reúne alguns depoimentos e lista as abordagens terapêuticas.

Em suma: Não deixem de ler!!
Wally

Amar uma Borderline - Faça Valer a Pena!

Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Eu tive o amor de uma borderline e acabei jogando fora por não ter aguentado o tranco.

Foram os momentos mais felizes da minha vida e alguns ruins, mas os bons foram tão intensos que guardo na memória até hoje.

Me arrependo de não ter ido atrás do tema Borderline para poder compreendê-la melhor.

Quando me deparei com esse blog e comecei a ler o conteúdo me cortou o coração de tal maneira que mergulhei em lágrimas; parece um dicionário da minha ex tirando a violência que não tinha. 

Não desanimem! Se tem um amor + verdadeiro e intenso nesse mundo, pode ter certeza que é de uma border. Elas amam com a alma, e cabe a nós compreendê-las.

Vivenciei esse amor e me arrependo de não ter ido atrás de respostas. 

Não façam o que eu fiz galera. 
Desistir jamais =D!!

(por Rafael)

12/08/2011

Amar um Borderline - Até onde vale a pena?

Da série: Comentários que Merecem Destaque
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Até onde vale a pena?

Estamos falando de uma coisa bem grave. O nome por si só descreve: é um transtorno!

As pessoas que começam a se relacionar - seja numa relação romântica ou não - com um border, precisam pesar se aguentam o tranco, falo por mim!

E se vc estiver esclarecido do que se trata e resolver se aventurar (porque vamos concordar que isso é no mínimo um desafio) que o faça ciente de que não é um caminho fácil de se trilhar.

Primeiro é necessário conseguir ver a pessoa além do transtorno e quando se vê isso com clareza, a decisão é uma consequência muito clara!

Depois não desejar bancar o psiquiatra, enfermeiro e blábláblá, afinal de contas a pessoa ainda vai desejar ter um amigo-esposa-namorada... ou seja isso requer um controle emocional muito especial!...

Sei que não é nada fácil escolher e conviver com isso, portanto pensem da seguinte maneira:

A vida é feita de escolhas vale a pena para mim estar com esta pessoa?!
Sim, porque além do transtorno há uma pessoa. Isso é importantiiiiiiiiissimo...

Eu escolhi abrir mão. 
Isso porque havia muitos problemas em questão, que fugiam da ordem mental e passavam por problemas de comportamento perigosos mesmo. 

Fora que eu honestamente prefiro algo mais tranquilo, porque a vida como diz o outro 'já é louca por si só!' Se senti a falta da pessoa? Sim!

Ainda estou triste? Sim.

Mas honestamente me sinto aliviada em saber qual será o próximo passo.

E que estarei diante da possibilidade de ficar com alguém mais estável, que não fique encrencando comigo ou com as vírgulas da palavra mundo! (saca? Não existe nada, mas a pessoa encrenca ou... te culpa).

Bem é isso. Força aos que se encorajam, e principalmente responsabilidade para escolher, porque  você pode sim ajudar a piorar a situação se vc não souber lidar da maneira adequada com aquilo.

Abrir mão também é um sinal de amor e cuidado com o outro e com você mesmo!

Foi duro para mim... abrir mão desta pessoinha, mas eu honestamente torço para que um dia ele se trate e seja feliz!

A gente tem que ser forte e dizer adeus!

08/08/2011

Amar um Borderline é... Atravessar um Furacão!


Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Conseguir integrar os dois lados de um borderline é um grande desafio. 

Porque geralmente amamos apenas o melhor deles. É como se fossem duas pessoas diferentes. Esse processo de integração é como unir a luz e a sombra.

No fundo os dois são o todo. Essa é a teoria de Jung... Como a integração da nossa sombra no processo de individuação. 

Como tenho um relacionamento conturbado com um borderline, vivo "misturando" a doença dele com a minha. Isso realmente é muito desgastante, tipo neurótico mesmo!!! Angustiante. 

Talvez amar um border, por ele mesmo, seja conseguir manter-se ileso e inteiro durante a travessia entre o "bom" e o "mau", entre o melhor e o pior.

Atravessar o olho de um furacão F5 e se manter inteiro... 

É possível?

Infelizmente estou destroçada...

25/07/2011

Depoimento - Cuidadora Apaixonada

Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Eu sou apaixonada por um homem borderline e estamos juntos desde 2008. Entre idas e vindas. 

Ele já me machucou muito, hoje sei lidar com essa patologia porque depois de anos de terapia descobri-me que ser "cuidadora" alimenta o meu ego, sinto-me poderosa ao cuidar dele e com essa relação superficial deixo de enxergar e lidar comigo mesma. 

Também tenho patologia complementar com a dele. Vejo o sofrimento dele constante, o vazio e o tédio. 

Eu estou sempre esperando por ele, quando ele vai embora, pq sei que logo ele estará de volta. E eu o recebo de braços aberto, pq a volta não é demorada e é tão boa!!!

Então para aquelas pessoas que acham que é legal ser borderline, não imaginam a loucura e o sofrimento que se passa com esse transtorno...

Eu sofro muito quando ele é cruel, com o ciúme patológico, com a impulsividade, com a raiva, a ira, os maus-tratos. 

Eu sou apaixonada pela fase de ideação, 
quando ele é maravilhado por mim, para não muito tempo depois, ele estar enjoado e me deixar e depois começar o ciclo tudo de novo. 

Uma verdadeira montanha-russa. 
Também estou lutando para me apaixonar por um homem normal.

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