Sou uma viajante
solitária
Caminho num mundo
sem saída
Onde
as almas se confundem
e clamam
por guarida
Mas todos
estão dormindo e
ignoram o seu balir...
não pensam...
não ouvem...
não sabem e
nem querem ouvir...
Tornam-se
estátuas frias...
imagens sufocadas...
miragens vazias...
que se confundem
na imaginação estrangulada
da Vida!
E eu continuo
minha viagem
não possuo comigo bagagem...
carrego apenas
um coração moído
cheio de dor...
... de decepção...
Um coração ferido!
Carrego apenas
pensamentos pesados
que me pendem a cabeça
e me obrigam
a olhar para
baixo com enfado.
E eis o que vejo:
Um chão onde as pedras
ferem meus pés
já cansados
E onde
a dor aflige
meu espírito
e o faz vacilar errático
Tornando-o
numa matéria cinzenta
sem forma definida
que suborna a verdade
para comprar
ilusões perdidas!
Quero parar...
... e descansar...
(Ou seria desistir?)
Mas o caminho
é longo
e no fim um ser
me espera sem demora
para abrir-me a porta.
O seu nome?
MORTE!!
(Wally elsissy)
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