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04/04/2013

Memórias Traumáticas Podem Ser Neutralizadas


Em 2009, cientistas americanos fizeram uma experiência e chegaram à conclusão que é possível neutralizar memórias associadas a sentimentos de medo.

Segundo eles, quando uma experiência traumática é relembrada, inicia-se um período de seis horas dentro do qual essa memória pode ser transformada, de negativa para positiva.

Em artigo publicado na revista científica Nature, a equipe da New York University, em Nova York, chama esse intervalo de tempo de "janela de reconsolidação", e ressalta que a técnica só funciona se for aplicada dentro desse intervalo.

Os especialistas esperam que seu trabalho ajude pessoas que sofrem de condições como o transtorno de estresse pós-traumático.

Como parte do experimento, voluntários foram conectados a eletrodos e receberam choques enquanto eram expostos a imagens de quadrados de cores diferentes.

O objetivo era fazer com que os participantes sentissem medo da imagem, o que de fato ocorreu.

Um dia mais tarde, os pesquisadores trabalharam para neutralizar o sentimento de medo. O tratamento consistiu em expor os voluntários à mesma imagem, desta vez, sem que recebessem os choques.

Eles constataram que a técnica funciona, mas apenas se o participante é encorajado a recordar a experiência amedrontadora dentro de um período de até seis horas até o início do tratamento.

Os pesquisadores verificaram também que o tratamento bloqueou o sentimento de medo apenas em relação ao quadrado com a cor específica a que a lembrança estava associada, o que indica que o processo de neutralização da memória seja bastante específico.

"Talvez o tempo tenha um papel mais importante no controle do medo do que pensávamos", disse a chefe da equipe, Elizabeth Phelps, da New York University.

"Nossa memória reflete o último resgate que fizemos dela, ao invés de um relato exato do evento original", disse Phelps.

Segundo Phelps, os resultados indicam que "uma abordagem natural, não farmacológica, é mais efetiva para administrar memórias emocionais".

Uma especialista em transtorno de estresse pós-traumático do Institute of Psychiatry, em Londres, disse que falar sobre a lembrança traumática pode ajudar. "Este é um elemento comum em terapias", disse.

"As pessoas precisam se dar conta de que é a memória que é amedrontadora e não a realidade."

20/11/2011

Separação da mãe após o parto causa stress ao recém-nascido

Uma mulher entra em trabalho de parto e dá à luz. Em seguida, o recém-nascido é coberto e colocado para dormir em um berço próximo ou levado para longe, no berçário.

Apesar de essa ser a rotina dentro dos hospitais ocidentais, além de ser um procedimento indicado pela Academia Americana de Pediatria, uma nova pesquisa publicada no periódico Biological Psychiatry fornece novas evidências de que separar o bebê da mãe pode ser um motivo de stress desnecessário para a criança.
Os impactos psicológicos para o bebê causados pela separação eram, no entanto, desconhecidos. 

Os pesquisadores mediram, por uma hora, a variabilidade da frequência cardíaca em 16 bebês com dois dias de idade, durante o contato físico (pele a pele) com a mãe e no período em que eles estavam sozinhos no berço.

A atividade neonatal autonômica (controla a vida vegetativa, como respiração e circulação sanguínea) era 176% maior e o sono tranquilo, 86% menor durante a separação. A pesquisa sugere que isso é algo que causa um importante stress fisiológico para o bebê.

Em pesquisas animais, a separação entre mãe e filho é uma maneira comum de criar stress para estudar os efeitos prejudiciais no desenvolvimento do cérebro do recém-nascido. Ao mesmo tempo, a separação dos bebês humanos é uma prática comum, particularmente quando há a necessidade de cuidados médicos especializados.

"O contato pele a pele com a mãe acaba com essa contradição, e nossos resultados são o primeiro passo na direção de entender exatamente por que os bebês se saem melhores quando têm esse contato físico com a mãe, frente aos cuidados na incubadora", diz Barak Morgan, coordenador do estudo.

De acordo com a equipe, são necessárias pesquisas posteriores para se entender melhor os efeitos da separação. Entretanto, o contato físico traz benefícios já conhecidos ao bebê, além de evitar um stress físico desnecessário

Assim, conforme novas evidências surgem, os médicos se deparam com um novo desafio: integrar o contato físico nos tratamentos de rotina, enquanto ainda conseguem fornecer com segurança os demais cuidados de praxe com o recém-nascido.

27/09/2011

Droga que Controla o Autismo é Desenvolvida

O controle do autismo, problema que se caracteriza pela disfunção no desenvolvimento psiconeurológico, social e lingüístico, pode estar próximo.

Cientistas estão testando uma droga capaz de "consertar" a síndrome que atinge cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.

Uma das principais autoridades no estudo do autismo no mundo, Muotri publicou em novembro do ano passado um artigo na revista científica "Cell", em que demonstra como ele e sua equipe conseguiram consertar neurônios afetados pela Síndrome de Rett, uma das formas graves de autismo e que provoca várias complicações neurológicas.

A solução para o Rett veio por meio de uma droga que amplia a presença de insulina nas células doentes. O trabalho de Muotri repercutiu no mundo acadêmico e lançou esperanças de que seria possível, com o mesmo fármaco, tratar outras formas de autismo.

O cientista fez palestra ontem em São Paulo, promovida pela ONG Autismo e Realidade, para estudantes, médicos e pais de autistas, e disse que é exatamente nisso que a sua equipe está trabalhando agora.

- Saímos do Rett e estamos lidando com o autismo de origem desconhecida, em que a gente não tem noção do que está acontecendo geneticamente. Tudo que conseguimos fazer com o Rett, até agora, reproduzimos com o autismo - comentou.

Segundo o pesquisador, há muita semelhança entre os neurônios afetados pela Síndrome de Rett e pelo autismo clássico. As células, em ambos os casos, têm morfologias semelhantes.

- São células menores, com arborizações e número de sinapses (conexões) reduzidas - explicou.

O medicamento desenvolvido para controlar Rett já vem sendo testado por outras equipes de pesquisadores em pacientes comprometidos pelo autismo nos Estados Unidos e na Itália.

- Ela ainda causa muitos efeitos colaterais mas, no equilíbrio de prós e contras, decidiu-se usá-la. Agora a evolução desses pacientes está sendo acompanhada - comentou o cientista.

De acordo com Muotri, o medicamento se mostrou eficaz em laboratório, mas ninguém pode garantir agora que vai recuperar o cérebro de pessoas afetadas pelo autismo, e afirmou que o fármaco precisa ser aprimorado.

Ainda são necessários testes de validações e ensaios de toxicidade. Isso pode levar dez anos, diz o pesquisador.

- Encontramos uma combinação capaz de reverter e consertar a célula em nível sináptico, fazendo com que o neurônio autista se comportasse normalmente. Sou um cético, nem eu acreditaria no começo da pesquisa, mas meus dogmas vêm sendo colocados à prova porque temos um modelo em laboratório que funciona - acrescentou.

04/09/2011

Protetor Solar em Cápsulas

Para quem adora sol mas odeia a rotina de proteção solar, uma solução pode estar a caminho: protetor solar em cápsulas!

É isso mesmo!! Cientistas britânicos descobriram como os corais se protegem dos danos causados pelos raios ultravioleta e agora esperam usar essa informação para produzir um protetor solar em pílula.

Uma única cápsula poderia proporcionar semanas de proteção para a pele e os olhos, cortando as chances de câncer, afastando a necessidade de cremes e óculos de sol, e mantendo longe rugas e outros sinais de envelhecimento. 

A má notícia é que a mesma pílula impediria qualquer bronzeamento da pele.

Segundo os cientistas do King's College de Londres, a pílula poderia ser testada nas pessoas por cinco anos e se tornar amplamente disponível e barata em uma década. 

Eles se inspiraram em amostras de coral coletadas da Grande Barreira de Corais da Austrália. Através da coleta de corais em mergulhos noturnos e a exposição posterior ao sol, os cientistas descobriram o mecanismo de produção de proteção solar, como um bloqueio produzido pelas algas.

Os pesquisadores agora querem fazer isso em laboratório.

- É absolutamente possível afirmar que, após tomar o comprimido, você encontraria o composto em sua pele e olhos. 
Seria necessário realizar uma série de exames toxicológicos antes, mas imagino que um filtro solar em comprimido poderia ser desenvolvido em cinco anos.

13/02/2011

Técnica para 'DESLIGAR' o Estresse



Pesquisas recentes indicam que é possível modificar a estrutura cerebral de forma a reduzir os impactos do estresse a partir de técnicas de meditação.
Para verificar isso, a BBC convidou o britânico Todd German, funcionário de um parque temático de vida marina na Inglaterra, a participar de um curso sobre o estado de “atenção plena”, alcançado por meio da meditação.
Estado de preocupação
Quando o cérebro está preocupado, vê-se pontos vermelhos espalhados
Todd German afirmou que gostaria de tentar a meditação porque enfrenta dificuldades de sono.
Pessoas que meditam seriam capazes de "desligar" as preocupações ou pensamentos negativos.
Após uma semana de testes, German afirmou não ter se convencido totalmente, mas admite que a técnica permite se desligar um pouco, limpar a cabeça e também sentir a calma se transferir para o corpo.
Procurada pela BBC, a pesquisadora Elena Antanova, especialista em estudos sobre o cérebro da universidade londrina King's College, afirmou ser possível mudar a configuração do órgão voluntariamente por meio da meditação, afastando os efeitos danosos do estresse.


(fonte: BBC Brasil)

03/02/2011

Labrador Detecta Câncer de Intestino


Um cão labrador conseguiu detectar um câncer de intestino pelo cheiro do hálito e de amostras de fezes de pacientes, de acordo com uma pesquisa realizada no Japão.
O estudo, publicado pela revista especializada Gut, indicou que o animal foi capaz de identificar a doença em suas fases iniciais.
Outras pesquisas já haviam sugerido que cães são capazes de farejar câncer de pele, bexiga, pulmão, ovários e mama.
Acredita-se que a biologia do tumor tenha um cheiro distinto, e uma série de estudos já usou cachorros para tentar detectá-los.
Os pesquisadores da Universidade Kyushu, no Japão, dizem que seria difícil e custoso usar cachorros em testes de rotina para detectar câncer, mas que o estudo poderia levar ao desenvolvimento de sensores eletrônicos no futuro.
(fonte: BBC Brasil)

18/12/2010

A Estrela do Mar na Cura das Inflamações

Cientistas britânicos dizem que as estrelas-do-mar podem ajudar na descoberta de novos tratamentos para doenças como a asma, a febre do feno e a artrite.

Pesquisadores do King's College, em Londres, estão particularmente interessados na substância viscosa que cobre o corpo da espécie Marthasterias glacialis - também conhecida como estrela-do-mar de espinhos ou estrela-do-mar verde.

O objetivo do estudo é desenvolver uma substância que proteja o corpo humano de condições inflamatórias inspirada no muco que envolve o corpo do animal.

A equipe da empresa de biotecnologia GlycoMar, sediada na Associação Escocesa para a Ciência Marinha em Oban, na Escócia, também diz que as substâncias químicas presentes nesse muco poderiam inspirar novos medicamentos.

As estrelas-do-mar possuem uma superfície anti-aderente muito eficiente que impede que as coisas grudem'.
É esta propriedade anti-aderente que chamou a atenção dos cientistas, particularmente no que diz respeito a condições inflamatórias.

A inflamação é uma resposta natural do organismo a ferimentos ou infecções, mas condições inflamatórias ocorrem quando o sistema imunológico se descontrola.

Nesses casos, as células brancas, ou leucócitos, que normalmente navegam livremente pela corrente sanguínea, se acumulam e grudam nas paredes de artérias e veias, provocando danos ao tecido.

A ideia que orienta o trabalho dos cientistas é criar um tratamento baseado no exemplo da estrela-do-mar. As artérias seriam cobertas por uma espécie de muco que impediria que as células brancas aderissem ao tecido arterial.

Condições inflamatórias podem ser tratadas de maneira efetiva com o uso de esteróides, por exemplo. Mas essas drogas podem provocar efeitos colaterais indesejados.

Eles acreditam que as estrelas-do-mar possam oferecer uma solução melhor, e por isso estão analisando as substâncias químicas presentes no muco que cobre o corpo destes animais.
(fonte: BBC Brasil)

10/12/2010

Novo Estudo Sobre Pesadelos

Diferentemente do que até então se imaginava, os sonhos pavorosos não são uma válvula de escape inofensiva para os conflitos do dia a dia. 

A constatação vem de uma pesquisa realiada por cientistas canadenses e publicada no periódico europeu Journal of Sleep Research. 

Os cientistas mostraram imagens perturbadoras a um grupo de voluntários logo antes de dormirem. 

“Na manhã seguinte, aqueles que relataram pesadelos demonstraram mais ansiedade e maior sensibilidade ao estresse, sensações que persistiram durante o dia”, revela Tore Nielsen, líder do experimento. 

“Sem contar que o próprio sonho desagradável pode ser um indício de traumas psicológicos”, continua. 

Na dúvida, o melhor é refletir sobre o que se passa na cabeça consultando um especialista.


10/10/2010

Tratamento com Música

Segundo uma nova pesquisa da Universidade Caleidonian de Glasgow, as emoções que a música desperta podem ser usadas para tratar dores físicas e depressão.

O projeto, que reuniu engenharia de áudio e psicologia musical, procurou analisar de que forma a música nos ajuda quando estamos passando por momentos difíceis na vida

Segundo os pesquisadores, os resultados mostraram que isso é mais complicado do que assumir que a música rápida nos deixa mais felizes enquanto a música lenta faz com que fiquemos tristes.

Primeiro é importante saber que as letras das músicas, e não apenas o ritmo, influenciam o nosso humor

Outro fator importante apontado pelos cientistas é o que você associa com a música (se você estava se sentindo bem quando a ouviu pela primeira vez, por exemplo).

Durante a pesquisa, voluntários ouviram várias músicas de diferentes estilos que nunca haviam escutado antes. Depois eles indicavam que sentimento a música passava.

O resultado mostrou que as músicas associadas com sentimentos positivos têm uma batida regular, timbre claro e constante.

O próximo passo do projeto é criar um modelo matemático que “traduza” a habilidade das músicas de transmitir emoções e convertê-lo em um programa de computador que analise as necessidades de cada indivíduo e componha uma música especial para ele, podendo substituir antidepressivos e remédios para a dor física.

(fonte: hypescience)

08/10/2010

Remédio Para Mal de Alzheimer

Remédio para mal de Alzheimer vai estar disponível no SUS a partir de 2011

Os brasileiros poderão contar com a distribuição gratuita do medicamento genérico Rivastigmina para combate ao mal de Alzheimer a partir de 2011. O remédio será produzido pelo Instituto Vital Brasil (IVB), de Niterói e estará disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O medicamento em cápsula já está em fase de testes e até abril do ano que vem, começa a ser produzido para o Ministério da Saúde em uma parceria entre o IVB e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública. A gerente de Desenvolvimento de Produção de Medicamentos do IVB, Tereza Lowen, informou nesta sexta-feira que o medicamento na forma de solução oral terá um lote piloto em outubro deste ano.

Somente após os testes de equivalência farmacêutica, o remédio estará apto para ser credenciado no registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Lowen acredita que a produção da solução oral do Rivastigmina chegará ao mercado no segundo semestre de 2011. A Rivastigmina reduz o ritmo de evolução da doença. "Faz com que a evolução fique mais lenta e melhora a parte cerebral. Melhora o desempenho do idoso nas questões de memória, de locomoção", disse Lowen.

O IVB será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo IVB, haverá economia para o ministério.

A perspectiva de acesso mais barato à medicação é positiva para os doentes, avaliou Tereza Lowen. Um frasco de 120 mililitros (ml) do remédio custa hoje, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400 e contém poucas doses. Para o ministério, o frasco da solução oral sai por R$ 202,39. O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por cápsula de 1,5 miligrama até R$ 3,40 por cápsula de 6 miligramas. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, 2 doses diárias por paciente. "Normalmente, você começa o tratamento com uma dose baixa de 1,5 miligrama e vai aumentando gradativamente até chegar a 6 miligramas".

A incidência da doença de Alzheimer é grande no Brasil. Ela prevalece entre 4% e 5% das pessoas com idade acima de 65 anos. "E, a partir dos 90 anos, (acomete) 50% das pessoas". No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem do mal.

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, ainda sem cura, que age de maneira silenciosa. Se caracteriza pela perturbação de várias funções cognitivas (relacionadas ao cérebro), entre as quais memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. 

Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.
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(fonte: SRZD)
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Veja também: 
Música pode retardar Alzheimer
Como se Prevenir Contra a Doença de Alzheimer

06/10/2010

A História da Morte


Dúvidas sobre o momento da morte surgiram no século 18, quando  relatos de pessoas enterradas vivas assustavam a Europa. 
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Em 1740, o anatomista francês Jacques-Bénigne Winslow publicou um artigo levantando dúvidas sobre como comprovar que alguém estava de fato morto. 
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em 1785, o médico britânico William Tossach provou que um homem afogado (e dito morto) poderia ser ressuscitado ao encher seus pulmões de ar.

Nesse período foram inventados os mais bizarros métodos para verificar o óbito. A técnica do médico francês Jean Baptiste Vincent Laborde consistia em puxar a língua do defunto por 3 horas. 

Mais tarde, ele inventaria uma máquina à manivela que executava a tarefa. Para a elite da época, o medo de ser enterrado vivo justificava qualquer esforço. 

Hannah Beswick, que morreu no final do século 18, deixou uma generosa quantia para que seu médico não deixasse que a enterrassem por 100 anos. Todos os dias, ele e duas testemunhas examinavam o corpo embalsamado à procura de sinais de vida. 

Como nada acontecia, o médico transferiu o cadáver para um caixote, que ele abria uma vez por ano. E, quando morreu, passou a missão a outro médico. 
Somente em 1868 o corpo da senhora Beswick foi sepultado.
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Mas a maioria dos médicos da época mantinha-se fiel à antiga técnica de verificação de morte: a putrefação. Na Alemanha, cidades construíam câmaras mortuárias onde os cadáveres eram vigiados e mantidos até começarem a apodrecer. 
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Apenas em 1846 começaram a ser estabelecidos os critérios para determinar o fim da vida. Naquele ano, o francês Eugene Bouchut ganhou um prêmio da Academia de Ciências de Paris pelo “melhor trabalho sobre os sinais da morte e as formas de prevenir sepultamentos prematuros”. 

Sua proposta: observar durante 10 minutos 3 sinais da morte – ausência da respiração, dos batimentos cardíacos e da circulação. 

“Essa ficou conhecida como a tríade de Bouchut e passou a ser adotada pela medicina de um modo geral”, diz Marcos de Almeida, professor de medicina legal e bioética da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Foi assim que o coração ganhou status de órgão principal da vida e sua parada, uma indicação definitiva da morte.
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Mas já no final do século 19 o legista Paul Brouardel verificou que o  coração de pessoas decapitadas continuava a bater por até uma hora. Concluiu, então, que a morte não era uma questão de coração e pulmão, mas de sistema nervoso central. 

Ou seja, é impossível que um indivíduo sobreviva sem cabeça, ainda que seu coração funcione. A observação de dano ao sistema nervoso central foi somada à tríade: se, sob um forte feixe de luz, a pupila estiver dilatada, quer dizer que as funções neurológicas não existem mais. 
É sinal de morte.

Em 1968, um comitê foi formado na Universidade de Harvard para estabelecer critérios mínimos de morte. O grupo determinou que a parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à morte total.

A idéia é que existe um ponto a partir do qual a destruição das células do tronco cerebral é de tal ordem que o indivíduo não tem mais como se recuperar. 

Esse momento engloba toda a atividade encefálica, não apenas lesões que deixam uma pessoa em coma ou inconsciente para sempre.

Desde então, o padrão de Harvard vem sendo adotado pela maioria dos países, inclusive o Brasil.

O Longo Caminho da Morte

1) Morte do cérebro
Se o sangue deixar de fluir no cérebro por mais de 4 minutos, os neurônios do córtex param de funcionar e a pessoa deixa de sentir e pensar. Depois, o tronco cerebral entra em pane. Sem ele, cessam os movimentos involuntários do corpo – principalmente a respiração.

2) O coração pára
Com ajuda de um respirador, o coração pode ser mantido batendo e o sangue circulando. E apesar de clinicamente morto, o paciente pode suar e reagir a cortes. Mas se os aparelhos forem retirados, coração e respiração param.

3) As células estancam
O sangue pára de circular e as células deixam de se reproduzir. Cabelo, barba e unhas interrompem o crescimento.

4) O fim dos órgãos
Com o fim da circulação, o sangue começa a coagular nos órgãos e tecidos, deixando-os inviáveis para transplantes. Algumas exceções: as córneas, que podem ser retiradas até 3 horas, e os ossos, que resistem até 6 horas após o fim da respiração.

5) O cadáver
Cerca de 3 horas após a parada cardíaca, o corpo toma o aspecto conhecido como morte. O fim da circulação deixa a pele pálida. O sangue estaciona, produzindo a rigidez cadavérica, que começa no pescoço e termina nos pés. O calor do corpo cai cerca de 1 0C por hora, até ser regulado pela temperatura ambiente.

6) O esqueleto
O corpo começa a se comportar como um objeto físico. A membrana das células não funciona mais e o cadáver começa a perder água. Dezoito horas depois da parada cardíaca, as bactérias começam a decompor o cadáver e iniciam a putrefação. Depois de 8 semanas, resta apenas o esqueleto.

28/09/2010

Falta de Sono Pode Causar Diabetes


O estudo descobriu que a proteína que regula o relógio biológico em mamíferos está relacionada à síntese de glicose no fígado

Pesquisadores americanos descobriram que uma proteína que regula o relógio biológico de mamíferos também está relacionada à síntese de glicose no fígado durante períodos de jejum prolongado. 

A descoberta, publicada na revista Nature Medicine, ajuda a entender a relação entre privação de sono e distúrbios metabólicos, como obesidade e diabete, abrindo caminho para novas estratégias terapêuticas.

Quando ficamos muito tempo sem alimento, o organismo mantém a taxa de glicose no sangue estável e garante energia aos órgãos graças a um processo chamado gluconeogênese (síntese de glicose a partir de gordura ou das proteínas dos músculos). Os cientistas descobriram agora que esse mecanismo é regulado por uma proteína chamada criptocromo. Em experiências com ratos, foi possível reduzir a glicemia dos animais ao controlar os níveis de criptocromo no fígado.

“Acredito que estamos descobrindo novas formas de tratar o diabete tipo 2. Mas ainda estamos em um estágio muito inicial”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo Steve Kay, diretor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade da Califórnia e coordenador do estudo. 

“Serão necessários pelo menos dez anos até se tornarem viáveis os testes clínicos.” Para Kay, o aumento na incidência de doenças como obesidade e diabete está intimamente relacionado ao estilo de vida moderno, que impede um padrão regular de sono.

O criptocromo foi inicialmente conhecido pelos cientistas como substância-chave na regulação do relógio biológico das plantas. Depois, descobriu-se que tem a mesma função nos mamíferos. Mas seu papel na regulação da produção de glicose no fígado foi uma surpresa para a equipe de pesquisadores.

Diversos estudos mostram que pessoas que sofrem privação de sono tendem a se tornar mais obesas e diabéticas ao longo dos anos, mas ninguém sabia como a alteração no relógio biológico prejudicava o metabolismo, afirma Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono e professora da Universidade Federal de São Paulo. 
"Essa proteína parece ser o link, mas é precoce afirmar que não há outros mecanismos envolvidos."

27/09/2010

Vacina Contra Dengue é Testada

vacina contra a dengue, em desenvolvimento pela farmacêutica Sanofi Pasteur, entrou em fase de testes e foi aplicada em 56 voluntários em Vitória, no Espírito Santo. 
Mais cem crianças ainda receberão o imunizante. 
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A estimativa é a de que até o fim de 2012 o desenvolvimento da vacina entre em sua terceira e última fase, com testes em mais 1,5 mil voluntários em mais quatro capitais do País e outros países.
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Fabricada com um vírus recombinante, 
vacina apresentou boa eficácia contra os quatro tipos de dengue
O vírus presente na dose possui o núcleo do vírus da febre amarela envolto em um envelope do da dengue
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 “Vacinas de vírus vivos, como a nossa, costumam proteger a pessoa por anos”, explica o vice-presidente associado de desenvolvimento clínico da Sanofi Pasteur para a América Latina, Fernando Noriega.
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Por ser eficiente na proteção contra os quatro tipos da doença, a diretora de 
saúde pública da empresa, Lúcia Bricks, afirma que não serão necessárias novas aplicações da vacina. “Diferentemente do vírus da gripe, que muda constantemente, só existem quatro tipos de infecções da dengue, e a vacina protege o ser humano contra essas quatro variações”, diz.
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Segundo o chefe do laboratório de virologia clínica da Universidade Federal de 
São Paulo, Celso Granato, com a população imunizada, o vírus não terá como se reproduzir. 
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“A dengue é uma doença que, até onde sabemos, só afeta seres humanos. Com a vacina aplicada em toda a população, não terá como esse vírus se multiplicar.
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(fonte: Abril.com)
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