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19/09/2011

Depoimento Borderline - Entre Trancos e Barrancos

Comentário feito nessa postagem aqui.

Eu sou border e amo perdidamente um cara que é meio psicótico. 

Ele toma anti-convulsivo e outros medicamentos. E faz terapia. Eu tb, embora a nossa medicação seja diferente.

Estamos juntos há quatro anos. Rompemos umas dez vezes, mas logo reatamos, porque foram durante as nossas crises. Nosso namoro é um pouco tenso, pq nós dois não somos lá muito normais..rsrsrs

Mas quem o é? Entre trancos e barrancos, nós estamos juntos e na medida do possível: felizes, muito felizes. Temos 28 anos. E somos um casal muito parceiro. 

Só uma única vez, ambos ficamos na crise juntos, foi muito difícil para ele, pq eu perco a memória, fico despersonificada. Ele não, lembra de tudo. E coitado, se sentiu muito só. 

Nossas famílias não aceitam a nossa doença, dizem: como pode dar certo, dois malucos? Dói tanto, Wally. 

Mas a vida é assim e justamente por causa da nossa triste infância é que resultou na nossa doença: abandono e violência.

Mas, juntos, estamos bem.

Fico feliz pelo Fred, que é border conseguir ser amado pelo que é.

Parabéns pelo seu trabalho, que é belíssimo.
bjos,
Tamara

5 comentários:

Anônimo disse...

Tamara, boa sorte no seu relacionamento e na sua vida. E concordo com você, todas as pessoas tem patologia, uns mais outros menos.
o importante é se aceitar e ter consciência da nossa doença, estudar tudo sobre ela, saber dos nossos limites e ser parceiro de nós mesmos. Quanto ao seu parceiro, ser "meio psicótico", qual o problema? Desde que que esteja sob tratamento, não vejo problema nisso. Até porque o TPB é o limite entre a neurose e a psicose.
Um grande beijo,
Van

Anônimo disse...

Nossa, estou tão emocionada que a minha história foi postada !!!
Obrigada por tudo, Wally. Estou bem, na medida do possível. Meu namorado acabou de sair de uma crise muito intensa, está esgotadíssimo. Meu coração ficou o tempo todo com ele. Mas, superamos mais esta etapa. E permanecemos unidos.
Obrigada Van, pelas gratas palavras. O mais difícil é suportar o preconceito dos nossos familiares. O preconceito que nunca deveria vir daqueles que deveriam simplesmente nos amar porque existimos. Dói a rejeição. Dói o descaso. Dói a falta de humanidade.
beijos,
Tamara

Anônimo disse...

Muito obrigada Van, pelas palavras de incentivo.
Beijos
Tamara

Anônimo disse...

Waaly, minha querida, muito obrigada por postar a minha história. Estou muito emocionada.
Estou namorando e muito feliz porque temos um ao outro. O que mais me machuca é o preconceito que sofremos da nossa família. Justamente, daqueles que deveriam nos amar incondicionalmente.
Beijos,
Tamara

Tatiana Russo de Campos - Escritora disse...

Também quero ser vista, e amada... aceita.

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