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01/11/2010

Tratamento Borderline


O tratamento para o transtorno de personalidade borderline inclui medicamentos prescristos por um psiquiatra tais como: anti-depressivos, anti-psicóticos e estabilizadores de humor concomitantemente com sessões de terapia.

Sobre a Medicação

Um número de medicamentos é usado em pacientes com TPB. 
Devido ao fato de o transtorno ser considerado primariamente uma condição psicosocial, a medicação tem mais como função tratar as comorbidades, como ansiedade e depressão, do que o transtorno em si. Antidepressivos são usados para melhorar o sentimento de vazio e antipsicóticos são usados para diminuir os quadros de automutilação e os sintomas dissociativos. 

Já os estabilizadores de humor são usados para como diz o próprio nome estabilizar o humor.
A escolha e a administração dos medicamentos varia de paciente para paciente, e as terapias indicadas especificamente para o borderline são as que veremos a seguir.

Terapia Comportamental Dialética

Estabelecida nos anos 1990, a terapia comportamental dialética se tornou uma forma de tratamento do TPB, originada principalmente como uma intervenção para pacientes com comportamento suicida.
Essa forma de psicoterapia deriva da terapia cognitivo-comportamental e enfatiza a troca e negociação entre o terapeuta e o cliente, entre o racional e o emocional, e entre a aceitação e a mudança. 
O tratamento tem como alvo os problemas com a automutilação.

O aprendizado de novas habilidades é um componente principal, incluindo consciência, eficácia interpessoal, cooperação adaptativa com decepções e crises; e na correta identificação e regulação de reações emocionais.

Terapia de Esquemas
Outra forma de terapia que também se estabeleceu nos anos 1990 e tem como base uma aproximação integrativa derivada de técnicas cognitivas-comportamentais juntamente com relações objetais e técnicas da gestalt. 

Esta terapia se direciona aos mais profundos aspectos da emoção, personalidade e esquemas (modos fundamentais de relacionamento com o mundo).
A terapia também foca o relacionamento com o terapeuta (incluindo um processo de quase paternidade), vida diária fora da terapia, e experiências traumáticas na infância.

Terapia Cognitivo-Comportamental

A TCC é uma forma de psicoterapia que se baseia no conhecimento empírico da psicologia. Ela abrange métodos específicos e não-específicos. 
E apesar de ser o tratamento psicológico mais usado em doenças mentais, parece ter menos sucesso no TPB, devido parcialmente às dificuldades no 

desenvolvimento de uma relação terapêutica e aderência à terapia. 
Um estudo recente descobriu que resultados com essa terapia aparecem, em média, depois de 16 sessões ao longo de um ano.

Terapia Matrimonial ou Familiar

Terapia matrimonial pode ajudar na estabilização da relação matrimonial e na redução dos conflitos matrimoniais que podem piorar os sintomas do TPB.

Terapia familiar pode ajudar a educar os membros da família acerca do TPB, melhorar a comunicação familiar, e prover suporte aos membros da família ao lidar com a doença de seus amados. 

Psicanálise

Com o ensino de Jacques Lacan, a clínica psicanalítica progrediu muito no que diz respeito ao tratamento deste quadro.
Assim oferece a possibilidade para o paciente de fazer novos ajustes, o que, consequentemente, provoca o apaziguamento dos sintomas e do sofrimento psíquico.

Dificuldades na Terapia

Existem desafios únicos no tratamento do TPB. 
Na psicoterapia, por ser bastante sensível à rejeição o paciente pode reagir negativamente (por ex, se mutilando ou abandonando a terapia) se de alguma forma sentir que o terapeuta não gosta dele e pode vir a rejeitá-lo.

Além do mais, profissionais da área podem se distanciar emocionalmente dos indivíduos com TPB por auto-proteção devido ao estigma associado com o diagnóstico.

Serviços Mentais de Recuperação


Alguns indivíduos com TPB às vezes necessitam serviços mentais extensivos e têm sido contados como 20% das hospitalizações psiquiátricas. 
A maioria dos borderlines continua usando tratamento fora do hospital por muitos anos. A experiência dos serviços varia. 
Acessar os riscos de suicídio pode ser um desafio para profissionais da área mental (e pacientes tendem a subestimar a letalidade de seus atos) já que a taxa de suicídio é muito maior entre pacientes borderline do que entre o restante da população. 
Borderlines são descritos pelos funcionários hospitalares como extremamente difíceis de lidar.
Tendo em conta que personalidade não se muda, chega-se então à conclusão que não existe nenhum tratamento de fato curativo para o TPB. 
Porque o transtorno de personalidade não é uma doença!
Mas, se e quando, adequadamente medicado e com abordagens psicológicas aplicadas corretamente, o borderline aprenderá a lidar melhor com seu sofrimento.

Conseguirá também conter o sofrimento causado às pessoas que estão ao seu redor, e conseguirá levar uma vida praticamente normal.

(fonte: Salada Médica ; Wikipedia)

36 comentários:

- Pri . disse...

Wally, esse estigma associado ao diagnóstico é foda...
Tô lendo aqui algumas coisas sobre borderline e, nossa, é incrível como praticamente todos os artigos, em algum ponto, tem uma visão negativista do TPB. Qro dizer, nunca li nada q trouxesse essa conotação antes, talvez seja comum entre os transtornos de personalidade, ainda mais dos "dramáticos", mas... qndo li sobre tdah, e sobre bipolar, nuuuuunca foi assim... existe uma tentativa de compreensão das atitudes, e mudanças sim, mas parece q com o border é tudo a ferro e fogo, eles tem medo d qm é portador de TPB, é isso?! E dps falam q é paranóia o paciente borderline achar q o psico pode, por ex, considerar ele "mau". Ahn, mas é claro, não sei nos outros países, mas aqui no Brasil, a visão deles é tão esclarecida e imparcial, q podemos nos sentir seguros e acolhidos pelos profissionais da saúde, q identificam bem projeções e manipulações inconscientes né... ¬¬"

Unknown disse...

Eu não sei se eles tem medo de quem é border, mas acho que a maioria acredita que a melhora no paciente com TPB é algo muito difícil de acontecer... =/

Anônimo disse...

Olá Wally e Pri,

bem ainda há estudos acerca dos casos border,mas é interessante dizer que existe entre os profissionais a afirmação de que há uma dificuldade do paciente border se vincular assim como prosseguir com os tratamentos,mas deve-se investir sim no paciente e acreditar na melhora do mesmo,se houver um coração e a vontade de melhorar da pessoa,deve haver disposição do profissional em atende-lá.É errado generalizar nem todos os terapeutas tem uma visão negativa do border,assim como nem todo border deve temer o terapeuta,a questão é basta ambos se encontrarem.Generalizar é sempre delicado.

Ass:uma terapeuta de plantão!

Unknown disse...

Olá terapeuta,

Concordo contigo.
E acho que por mais difícil que seja, não é impossível.

Obrigada pela presença e comentário!!!

a.u. disse...

eu nao aguento mais;
so queria ser ´normal´

meu desejo é morrer. todo dia isso vem na minha mente
as vezes meu unico motivo pra sorrir sao os animais...

mas..
sei que se eu for, alguem cuidara por mim.

eu odeio tudo isso q eu sinto
e oq as pessoas julgam e falam mal..
falam q eu sou louca
eu nao aguento mais ouvir isso.
e ser xingada.

eu odeio as pessoas q fazem isso, e juro q desejop q elas tenham um sofrimento tao grande ao meu ou pior.

eu sou amorosa ao extremo tb.. mas essas coisas de julgar e querer magoar e ofender, por nada.. eu nao admito.


.. sei lá...
eu nao sei de nada, nao sei mais oq falar...

mais uma noite sem dormir...
=(

Anônimo disse...

oi a.u. acabei de ler seu comentário.
tb gosto de animais. adoro bichos! mas tb gosto de pessoas. vc tb, não é? pra mim, a dificuldade de lidar com elas. e acho q vice-versa. o grande desafio é esse ... é desgastante sim, um turbilhão de sentimentos ... mas acho que cada um tem um desafio. vai ver que o nosso, o dos borders, é esse ...
vc está melhor agora? está mais calma?
beijos,
Maria

Anônimo disse...

Não é fácil se esconder dos outros, de si mesma, e dar umas escapadas... Sinto-me como uma pessoa com necessidades especiais.

projetopessoa@gmail.com

Sou carinhosa, tenho amor dentro de mim, apenas quero ser amada também... Às vezes fico paralisada.

Anônimo disse...

nao sei se sou esse bang de border como vs falam,mas sei que me identifico muito com isso,as pessoas me chamam de louco esses malditos ignorantes que nao me compreendem, as vezes tenho vontade de explodir e deixar tudo pra trás,apenas sumir sem vestigios,a verdade é que odeio tudo e todos,estou cansado dessa merda de estabilizador de humor,só queria que eles me compreendessem mais ,que sentissem um unico dia o vazio que sinto veriam como é viver sem alma,como é tentar fugir mas nao ter pra onde ir,só digo as vcs que sao borders que admiro vcs ,a força que tem, se nao fosse por algumas pessoas em minha vida acho que nao seria tao forte,ja teria me exterminado sem nada a perder...

Anônimo disse...

já tenho 51 anos, aos 15 tive a primeira crise, auto- mutilação e tentativa de suicídio, vida dúbia, tripla, sei lá, faço tratamento com a consciência que sou border há 11 anos, última internação 2007, digo à vcs que vale a pena investir, hj tenho os sintomas mais ou menos dentro do controle,tentei o suicídio 6 vezes, fora as vezes que me lancei ao desconhecido para que a morte me encontrasse, hj estou há 8 meses sem medicamentos e pesquisando cada vez mais sobre tudo isso, dissocio muitas vezes, e não desisto em voltar, sempre que sinto os sintomas cosigo sabotá- los, nem sei porque estou postando , nunca em toda minha minha vida me relacionei com um border consciente, de alguma forma não me sinto tão só...acho que é só isso

Anônimo disse...

já tinha comentado não entendi nada...saco!

viviane disse...

ñ sei se sou um border, mais agora lendo tudo isso vejo q sim,nunca me tratei e nem sabei dessa coisa toda só ñ entendia tudo isso q sinto, gostaria muito de ter ajudar!!!!!!!!

Psicóloga Maluquinha disse...

Viviane, primeira coisa é procurar ajuda especializada, um bom psiquiatra e psicólogo. As vezes pode-se demorar para fechar o diagnóstico pelos profissionais. Mas se vc se indentifica com os sintomas é muito relevante relatá-los para quem lhe atender.
Lembrando sempre que o diagnóstico deve ser dado por um profissional da saúde mental, você também pode tirar algumas dúvidas no Manual de Diagnóstico para Doenças Mentais, o DSM IV. Esse manual é reconhecido internacionalmente e usado por profissionais e estudantes da área.
Se você estiver em crise, não leia esse manual.
Caso esteja bem, é ótimo para conhecer a doença.
Verifique no site: http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=164.

Dica: Pesquise bons profissionais. É a sua saúde que está em jogo.

Espero ter lhe ajudado de alguma forma. Escreva as suas dúvidas.

Hoje que estou conhecendo esse site.

Parabenizo a Wally pela iniciativa e dedicação!!!

Um abraço a todos os boders,

Psicóloga Maluquinha

Anônimo disse...

Eu tenho só 12 anos e ja tenho todos esses sintomas. Estou preocupada, eu ja sou doente e agora mais essa. Tenho vontade de me matar só de pensar nisso! Nunca fui abusada sexualmente , mas sofri destrato paternal e maternal, ja vi uma pessoa morrer, meu pai perdeu um dedo na minha frente e pos a culpa em mim, a coisa que eu mais amei no mundo morreu nos braços, minha cachorra, por minha causa, depois disso eu tentei me matar, mas como estao vendo, nao deu certo, faz 2 dias que eu nao como nada e 5 que eu nao durmo, e meus pais nem ligam, eles falam que desistiram de mim

Unknown disse...

Nossa anônimo, fiquei preocupadíssima com você =/
Você tem que procurar alguém pra te ajudar.
Tem alguém que você confia?
Você precisa de ajuda urgente!!
Talvez uma tia, ou prima mais velha, algo assim?

Anônimo disse...

As vezes sinto vontade de matá-los, vivo com marido e filho borderline.

Clarita Maia disse...

Todos vocês têm que saber que SIM existe uma cura. Lembrem-se que a cura não é estar sempre feliz e bem, pois os"ditos "normais"são cheios de neuras, stress e gangorras emocionais tb. Aconselho que comecem por ler esses livros (links abaixo) e depois procurar na internet artigos s artigos em inglês (usem o tradutor google). Há muito escrito e pesquisado sobre o assunto. A Terapia Compotamental Dialética foi criada por uma portadora do TBP e é feita exclusivamente para borders. Funciona SIM. O triste é que nao há muitos profissionais disponíveis no Brasil, mas há livros que ensinam as técnicas e sites em inglês que ensinam as técnicas tb....já é um começo certo? Vejam esses links:http://helenapolak.blogspot.com/ (autora de dois livros importantes, para comprar acessem o site). E para as técnicas da TCD http://www.dbtselfhelp.com/...Bom início de estudo. Arregacem as mangas e AO TRABALHO.

Anônimo disse...

por favor preciso de ajuda.. um especialista em border de preferencia em tdah, creio que meu namoradon é.. estou desesperada, não sei mais o q fazer pois a familia dele se ausenta totalmente e sobra unica exclusivamente p mim e minha filhinha, os medicos e psicologos que fomos do sus aqui na cidade nos olham como se fossemos ets.. só quero um psiquiatra especialista que conheça o que está fazendo.. obrigada

Anônimo disse...

as pessoas não falam sobre border, porque nem conhecem, nao estao acostumadas, fiz tratamento com uma psiquiatra muito experiente e respeitada aqui na região, ela identificou depressao na epoca, mas não conseguiu identificar o TPB, agora sei o que sou, pois esta psiquiatra que esta me tratando conseguiu "me ver " como sou e como estou, na verdade o que sempre fui.nenhum psicologo tb. conseguiu ver o meu TPB.
preciso muito encontrar um psicologo especialista em TPB. e nem sei aonde...

Unknown disse...

Creio que sou border desde os 11 anos mais ou menos e minha vida tem sido muito dificil desde entao. Vivo num mar de fortes emoçoes constantemente e as vezes ate nas minimas coisas me fazem pensar que tudo acaboue e que nada mais faz sentido. Nunca consegui encontrar uma resposta pra muitas coisas, só tenho uma certeza, que eu nao sou uma pessoa normal e que isso me faz sofre muito. Sei que sou uma boa pessoa mas qdo perco o controle quero brigar com todo mundo e depois fico super arrependida do que fiz e falei e quero morrer por sentir tanta culpa e remorso. O lado bom disso tudo é que ainda existem pessoas que te entendem e que gostam da gente mesmo sendo tão problematicos. Só sei que mesmo querendo desistir de tudo, sempre após uma crise vejo que nao devo desistir e que a vida apesar de todos os problemas merece ser vivida e vivida com plenitude e paixão ja que somos tao intensos com relaçao a tudo podemos usar esse nosso lado positivo para nos doarmos para alguma boa causa e tentar ver o lado bom em tudo isso.

Filipa disse...

Foi-me diagnosticado quando tinha 20 anos, após a minha tentativa de suicídio... não me auto-mutilo, mas desde os 13 anos que seguia caminhos de risco... drogas, álcool, fui violada por um namorado e espancada... toda a minha infância cresci a ver o meu pai bater na minha mãe e irmãs e mais tarde em mim, sempre alcoolizado. Tenho muito amor da minha mãe, é uma mulher maravilhosa, e se ainda estou neste mundo é por ela, mas há dias em que o sofrimento é tanto que só desejo morrer... tive hepatite c e durante o tratamento passei muito mal mas isolei-me ate porque vivo a 600 km da minha mãe... tenho amigos e tenho essa mãe fantástica mas desde pequenina que me sinto sozinha, diferente de todos os outros, e não é o tipo de diferença positiva, é mesmo um isolamento horrivel, um buraco negro onde estou enfiada e todos os outros estão para lá dele, com luz...
dei cabo de todas as relações que tive, algumas porque não eram o tal, outras por causa dos meus impulsos agressivos e por causa do meu afastamento, fico em silencio, sem vontade de sair da cama, sem vontade de nada, sempre prestes a chorar...
quando saio sou a alegria das festas, a amiga louca e super generosa e querida, sou aquela a quem todos pedem conselhos porque tenho sempre conselhos sábios a dar, e tomo as dores até dos estranhos que me abordam...
estou muito cansada, estou numa fase terrivel, esgotada, cansada, em agonia espiritual..
vivo no Porto em Portugal e estive a fazer psicodrama mas abandonei porque ficava extremamente desgastada com os problemas dos outros que lá estavam... procuro médicos mas não encontro nenhum, não confio nos médicos, desde os 10 anos que vou a psicologos e psiquiatras e cheguei a "gozar" com alguns deles... era miuda... manipuladora, enfim...
compreendo bem demais um transsexual, eu tb não me sinto bem mas não é no corpo, é no espiríto... e preciso tanto mas tanto transmutar o meu espirito... sonho em ter amor e um filho e sei que serei uma mãe excelente mas não consigo ser a namorada excelente...
é o único sonho que tenho e dói demasiado saber que nunca o vou realizar por minha culpa... dói demasiado...

Anônimo disse...

Lendo sobre o assunto me identifiquei com quase tudo. Minha vida está do avesso. Não sei o que fazer. O pior é ouvir de um médico que eu não tenho nada, que é tudo frescura. Aprendi a não confiar em psicólogos desde o dia que uma virou pra mim e disse que eu era uma pessoa sem chances de cura e que nunca mais eu poderia ir no seu consultorio. me chamou de louca e tudo. Saí de lá sem fé, tentei o suicidio mais 2 vezes depois disso. Tentei seguir em frente mas agora perdi tudo que mais amava, meu marido e filhos. Estou só, sem tratamento e o pior com minha mãe, também doente, me falando coisas sem sentido. Fico bem por algum tempo, digo que são meus raros momentos de lucidez, e logo depois a dor me consome de tal forma que eu entro em desespero. A primeira pessoa que me estendeu a mão, meu marido, não aguentou, principalmente quando disseram a ele que eu nunca seria “ normal“. O que é ser normal? Tudo que mais quero no mundo é conseguir trabalhar por 1 ano em qualquer lugar , ficar menos depressiva com fatos bobos, ser menos controladora, menos agresiva, poder dar o carinho que meu marido e filhos merecem e aprender a ver o mundo como ele é de fato. Aonde estão os profissionais de saúde? Mesmo quando eu quero a ajuda deles eles não me atendem. acho que a única saida é morrer e acabar de uma vez com o sofrimento da minha família e o meu.

Anônimo disse...

Muito bom tudo o que li aqui. Depoimentos tristes e estarrecedores. Graças a vcs agora terei mais paciência com minha sobrinha, e tentarei usar outras formas e meios para lidar com ela e ajudá-la. Ela já perdeu a mãe e o pai, se culpa. Sofreu muito na infância e adolescência com mãe alcoólatra e pai ausente; Hoje ela é uma mulher de 34 anos e sofre. Depois de ler tudo isso, caio em lágrimas, meu marido e eu nem conseguíamos ler em voz alta sem derramar lágrimas e suspiros. Me sito realmente condoída e triste!

Anônimo disse...

Queria apoiar e comentar um dos primeiros Post compartilhados.

Eu sempre leio coisas negativas dos Borderlines, mas e as positivas? Cabe lembrar que transtorno de personalidade não é doença!

Eu sou diagnosticado Borderline.
Interessantemente esta personalidade que muitos chamam de "forte" ou muitas vezes "egoísta" ou "distante" e principalmente a minha visão das pessoas baseadas no presente e nao em sua ações do passado, fizeram-me crescer profissionalmente, passando por vários cargos importantes até chegar onde cheguei.
Há cerca de 1 ano descobri que um dos Vice-Presidentes na empresa onde trabalho também é Borderline e chegou onde chegou.
Obviamente que isto não significa que estiamos felizes e de que não precisamos de ajuda. O que quero afirmar e reforcar é que perder algumas características típicas poderiam representar algo negativo.
Seria no mínimo irresponsável de minha parte dizer que não seja necessario o uso de medicamentos e terapia porque há casos mais graves que outros.
No meu caso, tenho 34 anos e a idade e experiência ajudam a ao menos, tentar parar para pensar antes de qualquer ação.
Boa sorte a todos

Karla farias disse...

Me ajudem por favor,tudo pra mim é errado,minto sobre coisas boas e acredito no que falo. Não consigo,não tenho forças para levantar antes da 1:00h da tarde.minha família não me entende. Só mãe penso em sumir,mas quando lembro dos meus 2 filhos,penso em uma cura. Mesmo assim,me acho a pior mãe do mundo. Não consigo mais escrever. Me ajudem

Unknown disse...

Karla querida, é você que tem que dar o primeiro passo: procurar um profissional.
Vá até um psiquiatra e se trate.
E peça também que ele te encaminhe para um tratamento psicológico.
Você não deve ficar sem tratamento.
Abraços e boa sorte!!

Anônimo disse...

Também me identifiquei com muitos comentários e gostaria de dizer que não sei ao certo se tenho esse tipo de transtorno... porém as vezes explodo de raiva com minha parceira, que daq dois dias faremos 4 anos juntos! (Graças a ela) Certa vez lhe agredi com um tapa, o que logo em seguida me fez chorar muito! Quando eu choro é pq estou no limite de minha paciência!Eu a amo muito, e amo também fazer o que é justo! Ontem ouve outra briga por ciúmes infundado meu, justamente porque se tocou no assunto de que sou uma pessoa muito isolada... Eu tenho costume de me cortar superficialmente para aliviar a agonia e isso é muito dificil de relatar mesmo anonimamente! Talvez não uso drogas hj pq me isolei demais durante a juventude... Tenho td que planejei p mim porem ainda procuro respostas e não encontro, procuro também motivo e propósitos, mas não encontro em lugar algum. Este site com certeza me ajudou muito para descobrir que não estou tão sozinho quanto achei! E talvez ainda haja esperança de que eu possa conviver com essa maldição...

Unknown disse...

Anonimo, obrigada por participar
Acho importantissimo você procurar ajuda profissional o quanto antes.
Não demore. Um dia a mais sem tratamento é um dia a menos na sua vida sem estabilidade e que você perde de viver razoavelmente bem.

Boa sorte e abraços!!

Anônimo disse...

Tenho 27 anos e desde a adolescência passei a ter comportamentos impulsivos, intensos, agressivos, verdadeiros ataques de fúria...parecia TPM 24h/dia, todos os dias, o ano inteiro. Tdo me irritava, eu era considerada, e ainda sou, como pessoa de gênio ruim. Nas brigas tinha o costume de humilhar as pessoas com agressões verbais, algumas vezes agressões físicas, gritos, ameaças, etc... seguindo com descontrole e choro intenso qdo percebia o que estava fazendo. Após as brigas me dava amnésia e eu não lembrava de quase nada que tinha falado. Explodia com amigos, família e namorados. Era considerada como grossa e brava por eles. Nos momentos de raiva eu achava que não tinha nada a perder, não controlava a raiva por ser muito forte e insuportável e achava que deveria gritar, berrar, xingar para melhorar e realmente melhorava, mas depois sempre me arrependia. Tive muitos namoros e os mais longos foram os mais intensos, com muitas brigas, términos frequentes, voltas apaixonadas, novas brigas, traições. Eu sou muito ciumenta, acho sempre que estou sendo traída, checo cel, e-mail, facebook do namorado em busca de indícios de traições, mas antes destes atos fico extremamente ansiosa, com tremor, taquicardia, sintomas fóbicos e ao mesmo tempo certo prazer.
Nos momentos de tristeza descontava tdo no álcool, ficava bêbada, fazia vexame em público e me expunha muito. Sexualmente gosto de atitudes mais agressivas, apanhar e bater, palavrões, ser tratada como uma prostituta, o que sempre deixou os homens loucos. Algumas vezes me relacionei sem camisinha e, ao mesmo tempo em que pensava estar fazendo algo errado sentia prazer pelo risco e por justamente fazer algo errado. Contraí HPV nesta brincadeira.
Já aceitei as maiores humilhações em relacionamentos pelo medo do fim do namoro e parecia que quanto mais eu sofria mais eu amava e me prendia à pessoa.
Nunca me auto-mutilei nem pensei em suicídio... mas tenho total descontrole financeiro comprando exageradamente, e durante muitos anos bebi demais pra me sentir feliz.
Tenho muitos amigos, sou considerada boa companhia para baladas, engraçada, divertida, gosto de dançar e curtir, mas frusto facilmente diante de situações não planejadas e desejadas por mim, me irrito e explodo.
Hoje eu percebo que meus sintomas eram mais intensos na fase dos 17 aos 25 anos. Há pouco mais de 2 anos eu melhorei pois me realizei profissionalmente. A profissão me completou e não senti mais angústia. Tinha muita insônia, chegando a ficar 7 dias seguidos sem dormir e passei a usar bromazapam, o que me ajudou muito. Este remédio amenizou bastante minha ansiedade e os ataques de fúria, acabou com a insônia, me deixando bem mais tranquila. Até para falar fiquei mais serena, eu era agitada, com pensamento acelerado e falava muito rápido. Estou prestes a fazer 28 anos e acho que a maturidade tem amenizado a impulsividade, pois já consigo pensar antes de falar o que penso ou agir. Quando brigo com um namorado, por exemplo, não desconto na bebida e não saio pela rua como uma louca sem rumo, sozinha, a noite, tentando encontrá-lo (como fiz várias vezes antes), fico em casa, choro, durmo e acordo melhor. Faço terapia há 9 meses com psicanalista e já percebi melhora, conseguindo sair de relacionamentos destrutivos, sendo mais controlada e sensata, porém ela nunca me deu um diagnóstico...eu é que tenho me considerado Border há pouco tempo, através de estudos e pesquisas...

Unknown disse...

Excelente seu depoimento Anonimo.
É realmente gratificante notarmos nossa melhora no percurso terapêutico!!
Muito obrigada por compartilhar sua experiência conosco.
Grande abraço

Unknown disse...

Por um momento eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo, logo depois to cortando os pulsos por não aguentar a dor que sinto por dentro, é tudo dms, e depois é nada dms, é confuso. Eu quero me matar a todo momento, mas tenho medo de não existir mais. Eu só queria não me sentir perdida o tempo todo.

Anônimo disse...

Acho que com ajuda de bons profissionais da área com as terapias adequadas, se tem bons resultados. Li a respeito dos comentários acima e vejo que esta doença causa muitos transtornos, então pergunto a quem interessa possa; Será que além das terapias já discutidas, a Hipinose ou Hipinoterapia, não seria um bom caminho?

Anônimo disse...

Olá.
Sou casado com uma border há mais de 25 anos.
Uma terapia de casal há algum tempo chegou a esse diagnóstico, mas a treapeuta me informou do diagnóstico de forma privada, após termos desistido do tratamento. Há 2 anos tenho estudado bastante e há certeza absoluta do diagnóstico. Na verdade é um transtorno TPEI tipo Impulsivo, não tipo Borderline. Aprendi que o TPE Impulsivo é um subtipo que tem todas as características de impulsividade, raiva, manipulação, agressividade verbal e física dos TPEI Borderlines, mas não tem vícios, não se fere propositalmente, nunca ameaçou suicídio. Agora preciso fazer com que ela reconheça o problema e se trate. Tentativas indiretas para que ela reconheça o problema foram feitas inúmeras vezes, mas ela nunca se vê como problemática. Inclusive a terapia de casal foi uma tentativa indireta, mas ela manipulou inclusive a terapeuta, que só percebeu após o abandono do tratamento. Ela sempre acha que o problema são os pais, o marido, os filhos, os irmãos, nunca ela. Na opinião dela todos os outros, sem exceção é que são "loucos" e "surtam". Como fazer com que ela se enxergue e aceite o tratamento? Entendo que não dá mais para ficar com meias palavras, a conversa deve deixar bem claro que o problema é com ela.
A dúvida é: o que funciona e o que não funciona nessas situações?

Unknown disse...

Olá, obrigada pela participação.
Creio que você pode encontrar a resposta para sua pergunta aqui nesse link:

http://vidadeumaborderline.blogspot.com.br/2011/03/mudando-vida-do-borderline.html

Mais dicas você encontra aqui:

http://vidadeumaborderline.blogspot.com.br/search/label/Dicas%20para%20o%20Cuidador

Grande abraço!

Ingrid disse...

Oiee.

Meu namorado dizia que tomava florais para ansiedade e outros.
Mas,ele tinha muitas 'crises'...
Uma delas,cheguei a me machucar.
Num dia comum,disse que iria pra casa e
ele não queria que eu fosse de jeito nenhum.
Tentei ir,já estava com o pé na rua
não adiantou.
Me pegou forçada no colo saiu correndo em direção a casa dele e tropeçou, por consequencia cai com tudo no chão ><
Tive que ligar para uma amiga, para conseguir voltar para casa.

Estranhei muito essa vontade excessiva de estar perto.
E me assustou muito.

Enfim,passou um tempo e ele procurou novamente o mesmo psicologo,contou o que havia acontecido.
O psicologo o diagnosticou com 'falta de amor próprio'.
Receitando remedios homeopáticos.

Então,gostaria de saber se esses 'remedios' ajudam mesmo e se não pode ser boderline.

Obrigada.

Unknown disse...

Olá Ingrid!
Homeopatia ajuda bastante sim. Tenho visto vários casos de tratamento bem sucedido, inclusive o meu próprio.
Mas nem sempre a homeopatia é suficiente. Cada caso é um caso.
O ideal é se agarrar ao tratamento psicoterápico.
Medicamentos, sejam eles alternativos ou alopáticos, vão ajudar muito quando acompanhados da terapia.
Naturalmente que não posso afirmar se seu namorado é borderline. Impossível fazer um diagnóstico pela Internet.
Grande abraço,
Wally

Unknown disse...

Só consegui ver hoje ,mas fico feliz com sua resposta! *-*
Muito Obrigada Wally!

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