Você pode curar o seu passado, o seu presente e o seu futuro, construindo novas sinapses estimuladas pelas experiências positivas que você induzir ao seu cérebro. Por favor, experimente.
Eu mesma, há anos atrás, não acreditava que isso era possível. Educada em uma atmosfera negativa, eu apoiava todas as experiências dolorosas como uma realidade única e incurável.
Houve um dia em que a dor foi tão grande, que tive que deixar a arrogância de lado, e pedir ajuda.
Aquilo tinha que parar. Deveria existir algo que eu pudesse fazer por mim mesma que me aliviasse o sofrimento.
O que encontrei não apenas aliviou meu sofrimento, mas me trouxe alegria. Então eu comecei a aceitar para mim mesma que haviam outras possibilidades. A melhora e a possibilidade da cura passaram a fazer parte da minha realidade.
As afirmações e palavras positivas que eu escutava destes áudios (ver na fonte), somadas aos tratamentos que passei a levar mais a sério, tiveram um efeito positivo e dinâmico sobre mim.
É preciso ter coragem para admitir as fraquezas e dificuldades. É preciso ter muita coragem para descobrir os pontos fortes nas fraquezas e retirar das dificuldades a amorosidade para superar os desafios.
Portadora do transtorno afetivo bipolar e do transtorno de personalidade borderline, sofrendo de uma síndrome do pânico que fortaleceu-se através de pequenas e profundas crenças de medo e incapacidade sustentadas pela própria medicina, refém da fibromialgia, eu vivia uma angústia que jamais poderá ser descrita por palavras comuns.
Eu não queria mais viver. Eu temia o pensamento das pessoas. Eu achava que elas não confiariam em mim porque eu acreditava que era uma pessoa oscilante e sem confiança. Mas uma voz dentro de mim, me falava que eu não era aquilo, me dizia que eu podia experimentar a confiança.
Então eu abri meu nível de permissão para confiar em mim mesma. Mesmo que meu humor mudasse, eu poderia ser genuína – eu poderia ser eu. Eu comecei a virar a mesa. Eu escolhi e decidi mudar, dando a volta por cima. Com apenas um pensamento, eu comecei a me diferenciar do destino que a doença me pregava.
Eu pensei “se eu admitir, apenas uma vez, uma vez apenas, a possibilidade de uma melhora, o que vai existir mais além?” Então, movida por essa angústia curiosa, eu passei a enxergar mais além e a superar meus preconceitos, quando me deparei com pessoas amorosas, médicos e especialistas que me viam como um ser humano maravilhoso.
No começo eu as estranhava, pois meu nível de permissão para relaxar, me amar e me permitir ser amada sem violência era muito baixo. Essas pessoas me apoiaram e incentivaram a não temer ou ter vergonha de quem sou e a reconhecer minhas habilidades e talentos naturais. Elas me incentivaram a me tornar o que sou hoje. Tornei-me curadora e encontrei na cura o meu Propósito de Alma. Facilito a vida das pessoas.
Durante muito tempo eu acreditava que por “ser ou estar” bipolar eu merecia menos. Mas descobri que, da mesma maneira que muitos bipolares que são empresários, médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, artistas, maridos e esposas felizes em seus casamentos, filhos felizes com seus pais, são bem sucedidos em seus propósitos e têm a experiência da integridade, eu também poderia ser bem sucedida, íntegra e passei a me aceitar.
A grande dificuldade do bipolar é aprender a lidar com seus polos contraditórios. Saiba que eles são complementares e não inimigos, e que é possível conviver com eles sendo genuíno e tendo uma experiência íntegra, feliz e dinâmica. Eu quero lhe dizer que, qualquer que seja a sua dificuldade, saiba que ela é a sua melhor aliada, a melhor professora de sua vida.
Mesmo que você não tenha muito estudo, ou que você sofra de alguma deficiência física, mental, emocional ou espiritual, você pode superá-la. Você é capaz de superá-la. A psique lhe dá recursos para você se diferenciar do sofrimento.
Se você se sente só, você pode se amar, e você ainda pode ter amigos e se casar. Se você está sem dinheiro, você pode se tornar uma pessoa próspera. Se você sofre de pânico, você pode ser uma pessoa corajosa. Se você tem câncer, você pode tratá-lo ou mesmo curá-lo. A coragem não exclui o medo. Na realidade, a coragem faz parte das experiências de medo que você tem, para que você possa ter a oportunidade de ser genuíno em sua coragem.
Eu sei que não é tão simples. Muitas pessoas já morreram de câncer. Mas eu também conheço pessoas que conseguiram superá-lo. Seu corpo é uma farmácia. O seu corpo pode produzir todas as substâncias que você necessita. Da mesma forma que seu corpo é uma farmácia, sua estrutura psíquica também pode lhe oferecer emoções positivas e lhe proporcionar experiências de felicidade, amor, respeito e abundância.
O Self é uma consciência amorosa e universal. O Self ampara. Saiba que mesmo na morte há muita vida para encontrar. Mesmo o fundo do poço contém a água que irá nutri-lo para que você possa subir e renascer.
Estes Cds que disponibilizo não têm o poder de mudar a sua vida, mas têm a função de lhe sugerir novas possibilidades e remédios mentais para revigorar o seu espírito.
Você é um ser humano maravilhoso. Aceite-se.
Por favor, abra seu nível de permissão.
Seja feliz Agora!
8 comentários:
Eu me arrepiei com esse texto. Não tenho outras palavras pra descrever. Não sou uma pessoa de ter esperança, nem de ter fé. Não sei se acredito em alguma coisa, em uma força superior, mas queria demais acreditar que isso possa acontecer para mim. Queria muito recuperar o sorriso, recuperar uma vida mais próxima do normal, crer que dá para ser diferente. Essas palavras me passaram tanta tranquilidade!Como eu faço para ter esperança também? No fim, eu não sei se mudarei alguma coisa na minha vida, mas tenho certeza de que, se eu conseguisse ter esperança, isso já seria o primeiro grande (GIGANTE) passo! Por que é tão difícil ter esperança, quando tudo parece perdido? Acho que isso é um diferencial de quem vence! Só sei que eu também quero muito vencer. Olhar pra trás, e dizer... PASSOU!!!!!!!
Parabéns por descobrir esse lindo texto, Wally!
Nossa, quanta inspiração!
Tudo o que eu precisava ler.
Estou num momento decisivo da minha vida e estou precisando dar a grande virada!
Este post me ajudou muito.
Agora vou baixar os áudios também!!
Muito obrigada!!!
bjos
É fácil falar quando se tem um tratamento a disposição. E quem não tem nada, quem somente tem o vazio e a crítica da família, a solidão,a dor e o abandono, faz o que? Ser borderline é um horror, é nao poder sequer cuidar de si mesmo,nao poder ter perspectiva de um relacionamento, é ter pavor o tempo todo de ser rejeitada, e SER DE FATO!!!!!!!!!!!!!!!!
Anônimo, tratamento qualquer pessoa tem a disposição. Nem que seja o tratamento oferecido pelo SUS, o tratamento gratuito. Me desculpe, mas isso não é desculpa (com o perdão da redundância).
Agora, que é difícil sem o apoio da família, isso é mesmo. Mas não é impossível, não.
Queridas pessoas, minha visão é a seguinte:
1º) Por favor, vamos enxergar a realidade do nosso Brasil além da nossa classe social!
É EXTREMAMENTE DIFÍCIL, para quem não tem dinheiro para médico particular, encontrar tratamento ADEQUADO pelo SUS.
Aliás, nas palavras da psiquiatra Ana Beatriz Silva (https://www.youtube.com/watch?v=Wrmb5zteFAI), o próprio TPB é difícil de ser diagnosticado (média de 10 anos!!!).
Se, pagando médico/convênio particular, você já tem de passar em vários para encontrar um profissional que lhe forneça tratamento adequado, imagine isso acrescido de FILA (MESES/ANOS) DE ESPERA etc.
2º) Acho fundamental apoiar a manifestação dos sentimentos da anônima (24/jan/12). Mais que isso, acho mesmo que ela tem toda razão!
Uma pessoa manifesta o TPB, geralmente é vista como "a doente" da família.
Quanto mais os familiares rejeitam, manipulam, estigmatizam, pior é o sofrimento da pessoa que apresenta TPB. Tem família que deveria ser carimbada com "INSALUBRE"!!
O problema sério que vejo, Wally, é que, quanto mais demora, mas os problemas vão aniquilando a pessoa. Não é uma soma, é uma progressão geométrica!
Entendo o desespero de Anônimo 24/jan/2012.
Debby
Debby, eu me trato pelo SUS (CAPS)
Wally,
Fico muito feliz, de verdade, que você tenha encontrado tratamento adequado pelo SUS. Isso dá esperança.
Pela internet, vejo tantas pessoas com problemas psiquiátricos lutando para melhorar, contando sua "peregrinação" à procura de tratamento e médico satisfatório, isso tendo dinheiro para arcar com os altos custos (tempo, faltas ao trabalho/desemprego, pagamento de consultas, pagamento de remédios, troca de remédios etc.).
Observando isso, fico imaginando, angustiada: ?como faz? quem não tem NADA disso... fica sofrendo, com sua vida cada vez mais comprometida, afundando cada vez mais, dia após dia sendo metralhado pela "família", à mercê da sorte para encontrar tratamento público.
A dificuldade é mais que potencializada. E fico pensando quantas e quantas pessoas não estão nessa situação. A pessoa pode terminar por aí, na rua, abandonada, à mercê de todo tipo de violência (além do que já sofreu); ou morando com pessoa(s) que a violenta(m); ou tira a própria vida.
O mundo desaba sobre a cabeça de quem não tem acesso ao tratamento de que precisa. A sensação de ter esperança na próxima consulta e se deparar com um médico que não está nem aí para investigar seu diagnóstico, que não te ouve e que invalida suas palavras é DEVASTADORA.
Pena que já faz mais de 1 ano, gostaria de conversar com o (a) anônimo que descreveu aquele sofrimento, e tentar ajuda-la de alguma forma.
Debby
O que gostaria de dizer aqui, já está +/- expresso no post (e comentários): http://vidadeumaborderline.blogspot.com.br/2011/03/quando-o-borderline-se-sente-invalidado.html
Entendo cada pessoa como um UNIVERSO singular (não particular, mas sim SINGULAR, único).
Fico muito feliz pela melhora da Luciaurea, ainda mais considerando todos os problemas citados (alta complexidade).
Cada ser humano - com sua própria história, sua personalidade única - só encontra alívio para os seus sofrimentos trilhando seu PRÓPRIO caminho.
O problema é quando uma pessoa, maravilhada (com razão) com a própria cura, passa a afirmar, de forma GENÉRICA:
1) que BASTA PROCURAR para encontrar solução para TODOS os problemas (quem dera fosse assim);
2) isso depende da VONTADE da pessoa, o que aumenta o sentimento de culpa da pessoa em sofrimento.
(claro que a pessoa curada tem a intenção de AJUDAR, compartilhar com as outras sua esperança, sua superação, dar ânimo às outras).
O problema é que, com isso, aqueles que estão sofrendo não são mais OUVIDOS, COMPREENDIDOS.
A pessoa relata seu sofrimento e, em vez de ser ouvida***, ela é que tem de ouvir (neste caso, com a melhor das intenções de quem lhe fala),
sobre uma possibilidade GENÉRICA de melhora e, pior, que depende de sua própria vontade (ou abertura etc.).
(claro que a vontade é condição NECESSÁRIA, mas NÃO É condição SUFICIENTE para o alívio/a cura).
***Ter seus sentimentos ouvidos, acolhidos, é parte essencial do processo de cura, segundo Luis César Ebraico (coloquei as referências de Ebraico neste outro comentário: http://vidadeumaborderline.blogspot.com.br/2011/03/quando-o-borderline-se-sente-invalidado.html)
Por isso é muito importante acolher quando uma pessoa TPB (toda pessoa, na verdade, mas o TPB sofre muito mais com isso) relata seu sofrimento.
Por isso é muito importante ter consciência de que o caminho de cura encontrado por alguém, pode ser uma grande inspiração (ou não), pode ser uma orientação (ou não), mas não vai servir como modelo (receita) para outra.
Gostaria de dizer para essa pessoa que relatou seu sofrimento (Anon de 24/01/2012) que compreendo profundamente seu relato; que ela vive numa situação muito difícil mesmo e MERECE apoio genuíno para, de passo em passo, durante todo o tempo que precisar, sair dessa situação.
Debby
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