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12/08/2011

Amar um Borderline - Até onde vale a pena?

Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Até onde vale a pena?

Estamos falando de uma coisa bem grave. O nome por si só descreve: é um transtorno!

As pessoas que começam a se relacionar - seja numa relação romântica ou não - com um border, precisam pesar se aguentam o tranco, falo por mim!

E se vc estiver esclarecido do que se trata e resolver se aventurar (porque vamos concordar que isso é no mínimo um desafio) que o faça ciente de que não é um caminho fácil de se trilhar.

Primeiro é necessário conseguir ver a pessoa além do transtorno e quando se vê isso com clareza, a decisão é uma consequência muito clara!

Depois não desejar bancar o psiquiatra, enfermeiro e blábláblá, afinal de contas a pessoa ainda vai desejar ter um amigo-esposa-namorada... ou seja isso requer um controle emocional muito especial!...

Sei que não é nada fácil escolher e conviver com isso, portanto pensem da seguinte maneira:

A vida é feita de escolhas vale a pena para mim estar com esta pessoa?!
Sim, porque além do transtorno há uma pessoa. Isso é importantiiiiiiiiissimo...

Eu escolhi abrir mão. 
Isso porque havia muitos problemas em questão, que fugiam da ordem mental e passavam por problemas de comportamento perigosos mesmo. 

Fora que eu honestamente prefiro algo mais tranquilo, porque a vida como diz o outro 'já é louca por si só!' Se senti a falta da pessoa? Sim!

Ainda estou triste? Sim.

Mas honestamente me sinto aliviada em saber qual será o próximo passo.

E que estarei diante da possibilidade de ficar com alguém mais estável, que não fique encrencando comigo ou com as vírgulas da palavra mundo! (saca? Não existe nada, mas a pessoa encrenca ou... te culpa).

Bem é isso. Força aos que se encorajam, e principalmente responsabilidade para escolher, porque  você pode sim ajudar a piorar a situação se vc não souber lidar da maneira adequada com aquilo.

Abrir mão também é um sinal de amor e cuidado com o outro e com você mesmo!

Foi duro para mim... abrir mão desta pessoinha, mas eu honestamente torço para que um dia ele se trate e seja feliz!

A gente tem que ser forte e dizer adeus!

10 comentários:

Anônimo disse...

sinceramente, fico muito triste quando vejo pessoas "normais" olhando pra nós, borders, de uma maneira tão taxativa. e se afastando de nós usando o "distúrbio" como justificativa.
não somos um transtorno com uma pessoa por trás.
somos uma pessoa com um transtorno.
a pessoa tem que ser maior que o transtorno.
agora, se vêem o transtorno e usam isso para não quererem estar conosco, é porque não nos amam de verdade.
"normais"? quem é normal?
viver com alguém nunca é fácil. nunca. não existe essa ilusão de estar com alguém "normal".
ainda mais se a pessoa com o transtorno faz tratamento e mesmo assim é discriminado.
desculpe o desabafado mas já não chega passarmos pelo que passamos? sermos discriminados além disso? por pessoas que amamos? é complicado ...
maria roberta

Ponça Chopper disse...

Realmente é triste ler um texto como esse e lembrar que ele reflete uma opinião preconceituosa a respeito de um border, presente em várias pessoas, principalmente nas que desconhecem o transtorno. Estou casado com uma pessoa que aguentou muitas coisas e principalmente mudanças, já fazem 21 anos. É claro que houve uma série de momentos difíceis e ainda existem, mas acredito que no verdadeiro amor é possível enxergar o que há além de um border, obviamente, quando existe a compatibilidade e a cumplicidade. Sou um border que já viu muitas coisas ruins em pessoas ditas normais, que nunca observei em pacientes com TPB ou TPL. Refiro-me ao caráter e demais atributos da área afetiva, pois esses nunca foram arranhados nas minhas crises. O recado que deixo a quem tem medo de se apaixonar por um border é que somos normais sob vários pontos de vista e sinceramente, acredito que conseguimos amar de uma forma, que muitos "normais" nunca experimentarão.

Anônimo disse...

Oi Wally como vai?
Espero que esteja bem...
Nossa, tenho sofrido muito no meu casamento. Meu marido que no começo tinha certa paciência, hoje tem uns ataques de ira algumas vezes piores que eu. Como sabe ele tem depressão. Falei com minha médica ele disse que ele precisa de medicamento também.

Vou marcar o psiquiatra para ele.
Estou bem deprimida sabia!!!No meu trabalho tem tido grande dificuldade de concentração...meu cérebro bloqueia...para raciocinar.

Não estou tomando medicação, pq tenho medo dos efeitos colaterais. A médica passou o Amato conhece?
Tenho medo de ter pedras nos rins, eu ja tive infecção urinária e acusou uma pedrinha quando estava fazendo uso do amato.
Mas a psiquiatra pediu exames fisicos e disse q após resultados vai avaliar se vai me passar.
Mas sem remédio está bem dificil...crise no casamento, crise no trabalho...
As vezes sinto uma vontade de gritar bem alto...
as vezes me dá vontade de xingar todos...
Me sinto feia, etc...
Tem sido dificil...


Bjus Pri MT.

Unknown disse...

Oi Pri,

Quanto tempo!
Puxa, sinto muito pelo que você está passando.
Mas eu achava que seu marido JÁ tratava!!!!

Nossa, sem dúvida ele precisa de medicamento!

Você só tomava o Amato?
Ai ai ai, fiquei com medo agora!!!
Eu comecei a tomar o Topiramato (amato) há quase dois meses mas não sabia que ele pode dar problemas no rim =/
E no ano passado tive problema sério de infecção urinária.

Vou voltar ao médico em 2 semanas e então pergunto.

Não sei como você está aguentando ficar sem medicamento. Eu já passei por isso e foi um inferno!! Mas no caso era a Sertralina. O topiramato eu tomo para controlar a compulsão alimentar.

Espero que sua psiquiatra não demore em lhe receitar algo.

Beijos e não some!!!

Dani disse...

Depois de sofrer anos e anos com coisas que eu achava serem apenas traços de personalidade, fui diagnosticada como border. Tenho o amor da minha vida comigo há 3 anos - com MUUUUITAS idas e vindas, é claro.
Ele quem me incentivou a procurar ajuda profissional... Quando eu fui abrindo o jogo sobre o transtorno pra ele, ele primeiro ficou assustado, mas depois - e espero - aliviado por ter um nome, um tratamento, e por haver esperança pra que haja um equilibrio pra mim e pra ele.
E eu também to vivenciando esse alívio, apesar do grande choque.
Tenho pavor que ele desista de mim. Pavor, pavor, pavor. Por enquanto ele ainda é tudo que eu tenho, sem ele não acho que sobre algo de mim (eu sei que sobra, mas não sinto que sobra).

Anônimo disse...

Olá!
Meu marido foi diagnosticado com esse tal Border... 6 anos... De muita briga e confusão... Minha familia não aguenta mais e p ser sincera, nem eu... Me separei ha duas semanas, sei que ele vai me procurar, pq sempre o faz... Não quero que ele me procure, pq não quero mais isso p mim, e ainda temos um filho de 1 ano e 7 meses que fica vendo todos as "crises". Tô ficando doente dos nervos e com baixa auto estima de tanto que me menosprezou... Cansei mesmo.

Unknown disse...

Dani, veja só que interessante, você sabe que sobra, mas não sente que sobra.
Olha como somos contraditórios!!
Eu também pensava assim.
Achei que fosse morrer quando meu marido optou pela separação.
Bem, acontece que felizmente eu estava errada.

Seja como for, não descuide do seu tratamento. E lembre-se que a convivência a dois é sempre um desafio tanto para borders como para não-borders. Portanto é preciso estar sempre disposta a ceder e sacrificar.

Bjos

Unknown disse...

Anônima, você está no seu direito de não querer mais permanecer nesse relacionamento.
Infelizmente há uma criança nesse meio, né?
Antes que você piore, seria bom ver um terapeuta.
É preciso se cuidar e também cuidar do seu filhote.
Abraços

Anônimo disse...

Só aquele que carrega o medo de ser alvo fatal no meio de uma crise, pode entender o quão difícil é dizer ADEUS quando se tem amor aqui dentro!!!! a vida é feita de escolhas sim... parece mais lógico deixar pra trás e seguir em frente...
mas não sabe como os cuidadores ficam destruidos com isto!!!!!!
nós amamos pessoas inconstantes, que te amam e te odeiam em segundos... suportamos acusações e injustiças... porque sabemos que vocês também nos amam. daí, vale a pena. porém, tem uma hora que não dá mais!!!
ninguém é de ferro, e se houver, o ferro enferruja, portanto o ato de dizer adeus é o extremo fim da linha para a gente... escolhemos entre respirar ou sufocar!

não tenho essa coragem! porque tenho esperanças que Deus e a medicina possam ajudar meu marido a ser sempre aquela pessoa incrivelmente maravilhosa e carinhosa que me conquistou!!! espero que um dia ele aceite o tratamento.

dói muito muito muito muito muitooooooooooooo viver isso!

Anônimo disse...

Não é fácil.Começo com o peso dessa colocação que me assombra a dois meses e cinco dias desde que o border em minha vida decidiu me expulsar da dele!Dizendo que eu queria mudá-lo e que achava que eu tinha esperanças de que ele fosse mais normal.Doeu e dói ainda, depois de discussões nos últimos meses sobre o abuso de álcool por parte dele quando ele se torna agressivo, trocando o dia pela noite frequentemente bebendo, ele decidiu me banir depois de um ano de relacionamento e sete meses de namoro entre inúmeros términos e retornos em curto prazo.Os amigos e irmãos sempre presentes, têm consciência do transtorno dele apesar de não referido o termo boderline, após passarem pelo desgaste das tentativas de se matar cometidas pelo meu ex; mas como a maior parte das pessoas, têm medo de contrariar e acabam participanto de comportamentos negativos como passar fins de semana bebendo autodestrutivamente.E eu como fiquei nisso tudo??a margem, assistindo tudo passar, qualquer tentativa de conscientização sobre a importância da manutenção correta dos medicamentos do border foi mau recebida.Depois de tantas idas e vindas não sei realmente se tudo acabou, vi muito se falar em ciclos aqui no blog, mas não sei dizer se este realmente se encerrou, tivemos um término de comum acordo, diante do meu aparente cansaço e sofrimento, conversamos por alguns dias subsequentes até ele romper o contato completamente e parecer estar se relacionando com uma nova pessoa.Fico me perguntando como será se nos revermos, qual será o sentimento, se a aversão demosntrada prevalecerá nele como sentimento final, apesar de que depois de todas as pedradas dirigidas a mim ele sempre conferia se tinha ficado tudo bem deixando escapar referências de carinho...pedindo que não me relacionasse com nenhum amigo próximo dele ( característica que não faz parte da minha índole)mas sempre negando meu pedido de retorno.Gente, sentia-me no olho de um furacão, e hoje, numa cúpula, com medo de como será daqui para frente depois dessa experiência.No momento ele acabou de se formar na faculdade, está com 28 anos e não está trabalhando nem realizando nenhuma atividade regular como um exerício físico...o que me preocupa mesmo de longe, mas sinto que agora não posso influenciar, que meu acolhimento e tentativas de dar as mãos e caminhar juntos são inúteis.Sei que sou codependente, convivo com distúrbio afetivo na minha família há muitos anos diagnosticado, até que ponto devo realmente lutar para não ser??não sei, a estrutura familiar viciada me mantêm nisso.E eu quero muito voltar para a pessoa incrível que o meu border foi para mim, mas tenho medo que depois dessa fase difícil ele manifeste promiscuidade acentuada.Wally que Deus te dê muita força e te ilumine para que continue sendo luz nessa caminhada cumprindo seu papel no mundo sendo importante para outras pessoas com vínculo comum, o boderline.Flá.

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