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02/01/2011

Entendendo o Abandono Borderline

Imagine o terror que você sentiria se você tivesse sete anos de idade e estivesse perdido e sozinho no meio da Times Square em Nova York. 

Sua mãe estava lá um segundo atrás, segurando sua mão. De repente a multidão a arrastou para longe e você não conseguiu mais vê-la. Você olha ao redor, freneticamente, tentando encontrá-la. 

Os desconhecidos olham de maneira ameaçadora para você. Assim é como as pessoas com TPB se sentem quase toda a hora. Isolados. Ansiosos. Estarrecidos com a idéia de ficarem sozinhos. 

Felizmente, pessoas apoiadoras são como rostos amigáveis no meio da multidão, oferecendo sorrisos, ajuda, e um abraço aconchegante. 

Mas no  momento que fazem algo que sugere uma partida iminente - ou fazem qualquer coisa que o border interprete como um sinal que eles vão partir - o border apavora-se e reage de diversas formas, desde uma explosão de raiva a implorar para que a pessoa permaneça. 

É preciso muito pouco para engatilhar o medo do abandono – uma mulher borderline se recusa a deixar sua companheira de quarto sair do apartamento para a lavanderia. O medo do abandono pode ser tão forte que pode oprimir o border e o conduzir a reações ultrajantes. 

Por exemplo, quando um homem disse a sua esposa border que tinha uma doença potencialmente fatal, ela enfureceu-se com ele. 

Às vezes a pessoa com TPB lhe dirá francamente que está com medo de ser abandonado. Mas mais freqüentemente, este medo se expressará de outra maneira - raiva, por exemplo. 

Sentir-se vulnerável e fora do controle pode ser uma situação provocadora de raiva. 

Se um border foi negligenciado quando criança ou cresceu em uma família severamente disfuncional, pode ter aprendido a lutar negando ou suprimindo seu terror de ser abandonado. 

Após muitos anos de prática, eles não sentem mais a emoção original.

Quando o border da sua vida se torna descontrolado ou irritado, pode ser de ajuda pensar se alguma coisa que aconteceu tenha provocado seu medo de abandono.

(fonte: trecho extraído do livro Stop Walking on Eggshells)

12 comentários:

Srta Solidão disse...

Exatamente assim... =(

Mayra sendo Mayra disse...

Sou borderline e conheço poucas pessoas assim como eu, peço q vcs me add no msn e orkut.
MSN: pilhabipo_ma@hotmail.com
ORKUT: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=18236410100976741415

Anônimo disse...

Olá Wally, sue blog é realmente interessante, tenho que parabenizar isso, enfim,
saber que é Borderline é dificil, a instabilidade é horrivel, a quebra de valores,
a perca da vida, a sensação de vazio, tenho depedência de meu namorado, odeio minha familia, roubo compulsivamente, a arte me faz bem,
mas a vida me faz mal, minto e acredito em minhas mentiras, sinto pena de mim, por que eu perde o afeto que sentia por minha psicologa,
não consigo viver com minha mãe, sei que meu namorado vai me deixar, estou completamente apaixonada por ele, não existe nada que eu
não faria por ele. Tenho ciúmes doente, um amor incontestavel, ele que me mantém viva, tenho medo dele me deixar, sinto que morrerei sem sua proteção e sua
alma junto ao meu corpo.
Em casa as coisas pioram cada dia mais, as multilações cada dia pior, não consigo terminar projetos, nem ter controle de minhas emoções, elas me
controlam, é como se a cada dia alguém me matasse e quando fico eufórica passa e depois volta pior, a carência é constante, o ciúmes e o ódio também.
Eu abandonei a psicoterapia, perde a admiração pela psicologa, abandonei o psicatra por que odeio ele, odeio consultórios, sei que preciso, mas não sinto
mais vontade, antes tinha alivio, mas minha visão com eles mudou de mocinhos que me aliviavam a alma a vilões que derrotam minha vida. Será que um dia isso ira
acabar?
Sinto que a vida escorre, permaneço escassa, morta, incompreendida, mas eu ainda amo e isso ainda pode me salvar de todos os maus do mundo, minha esperança é
pouca porém existente.
Vivo por um homem e pela arte. e isso basta para lutar ao menos mais um passo....

Unknown disse...

Olá, muito obrigada pelo comentário.
Eu estou numa situação muito parecida com a sua.
Exceto que eu me trato (ainda).
E gostaria de pedir que você não desistisse do seu tratamento.
Se você não gosta de seu psiquiatra/psicólogo, então que tal procurar outro(s)?
A vida com TPB é um inferno. Sem tratamento então esse inferno é desolador.
Essa dependencia emocional é terrível e assustadora. Não sei se há como acabar com ela mas com certeza minimizar, sim.

Vou usar seu comentário para um novo post, OK?
Acho que ele merece um destaque.

Abraços e boa sorte para nós!!!

Anônimo disse...

Obrigada mesmo..Talvez eu procure psicologos diferentes, a dependÊncia é horrivel mesmo, obrigada vi sim o post de comentários que merecem destaque, muito obrigada.
A depêndencia é horrivel, porém se nã tiver ela fica pior, me sinto tão seca e inexistente. rs
Enfim obrigada e tenha um bom dia.

Unknown disse...

Eu que agradeço sua participação.
Todos os comentários enriquecem esse blog de alguma forma.
E isso me deixa muito feliz!!!

Abraços e boa sorte pra todos nós!!!

Anônimo disse...

Oi...bem nem sei como começar, mas sei que devo me abrir e que o primeiro passo é falar com pessoas que sintam o mesmo que eu. hOJE, EXATAMENTE hoje conheci o borderline, acredito que as irmas de minha mae eela propria tenha tido. Acho que meu caso não é tão destrutivo, visto que não tento (embora pense) suicidio e nem me mutilo- mas cometo pequenos roubos- quando acho que preciso de afeto e ao me relacionar tendo a idealização com profundo medo de abandono e depois a desvalorização. Não consigo me posicionar diante das situações e não sei por mim mesma identificar o que é certo ou errado. Tenho problemas de identidade sou completamente sugestionavel e incapacidade gigante de autocritica ou criterio- dependo muito de algumas pessoas. Tenho uma relação muito complicada com meu pai, que não assume o papel da paternidade- hoje em dia namora com mulheres muito mais jovens. Aos 12 anos iniciei minha vida sexual com um rapaz inserido em um grupo de pessoas drogadas e muito mais velhas o que me levou a uma violencia psicologica e fisica por parte dos amigos e irmão dele. Minha mãe era envolvida com drogas e foi assassinada quando eu tinha 20 anos. As pessoas me admiram e acham forte, mas sei que por dentro sou destruida, tenho pavor de rejeição, abandono uma brincadeira tola pode me dar sensação de rejeição ou desaprovação, se alguem diz que estou errada ou que sou algo não sei me auto-avaliar e aquilo se torna verdade- o que gera, obviamente, uma crise de identidade. A verdade é que acho que todos temos direito a um amor, e estou conhecendo alguem que parece especial, mas quero antes de me dar a intimidade minimizar um pouco isso. Vou procurar ajuda, amanhã marcar uma consulta em psiquiatra. mas a pergunta é o que podemos fazer para minimizar isso, vc descobriu algum habito que ajude...um exercicio qualquer que estimule a consolidação da identidade, da auto-confiança, que ajude na capacidade de auto-critica? Acho que essas trocas podem ser muito boas...e a pergunta que não quer calar esse mal é completamente contornavel ou apenas minimizavel, o que vc acha? obrigada desde já...

Unknown disse...

Olá,

Seja bem-vinda ao blog :)
Sim, esse mal pode ser completamente contornável desde que devidamente tratado e no devido tempo.

Agora, sobre os exercícios para minimizar as crises, gostaria de lhe sugerir essas postagens:

http://vidadeumaborderline.blogspot.com/2011/02/como-conviver-com-o-tpb-numa-boa.html

http://vidadeumaborderline.blogspot.com/2010/12/borderline-como-sair-de-uma-crise.html

Abraços e comente sempre!!!

rosana disse...

esse texto me fez chorar, porque sinto estas "coisas",não tenho com quem conversar, não contei pra ninguem da minha familia que sou border, e ainda não fui procurar um terapeuta, só estou tomando remédio, mas não é suficiente, cuido da minha mãe que é bipolar grave...

Unknown disse...

Rosana, não fique com um fardo tão pesado.
Se é possível aliviar, tente fazê-lo da melhor forma possível.
Você está carregando o seu fardo e ainda está ajudando a sua mãe a carregar o dela.
Você também precisa de ajuda.
Se você sente que só a medicação não é suficiente, então é preciso fazer terapia.
Não se desgaste demais, porque o preço que pagamos é muito alto =/

abraços

rosana disse...

obrigada pelo conselho, vou tentar criar forças pois tenho medo de enlouquecer

LENISE DALMASO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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