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12/09/2011

História Borderline - Sidney

Eu tenho todas as características de um Borderline. Eu estou fazendo tratamento com psicólogo e estou lembrando de coisas do passado que eu tinha esquecido. Vou relatar algumas coisas para você.

Vou tentar ser o mais direto possível na explicação sobre a minha vida. Vamos lá! 

Sou filho de pais separados, fui criado só pela minha mãe, e ela tentou me educar da maneira que aprendeu. Ela me torturou fisicamente até os 11 anos. 

Por que tortura física? Ela guardava no guarda-roupa vários tipos de corretivos como vara de goiabeira, cinto, fios e régua de madeira... muitas das vezes apanhava sem saber o motivo ou sem direito de defesa.

Até hoje, eu me sinto mentalmente atrasado, pois não aprendi a pensar sozinho e fui doutrinado por ela a ter medo da vida

Aos 11 anos, eu entrei em depressão com a soma de vários fatores como: Agressões, mudança de bairro e pior de tudo... quem me dava carinho era o meu irmão do meio, ela expulsou ele de casa e não explicou o motivo.

Enfim, na adolescência, eu sofria outra tortura da minha mãe, ela passou da tortura física para mental

Todo santo dia, ela fazia as mesmas coisas: reclamava da vida, falava mal das pessoas, tenta tirar o meu espaço, não me deixa pensar e nem tomar as próprias decisões, ainda vivia mentindo e inventando histórias.

Aos 12 anos comecei a trabalhar em 2 empregos, eu cheguei a perder o ano no colégio. 

Eu mudava de bairro constantemente, sai de um bairro nobre para morar dentro de favela só por que a minha mãe queria ficar mais perto do namorado; e esse mesmo namorado quase me esfaqueou.

Eu quero muito me curar e sair disso de vez...
(via email)

4 comentários:

Lili disse...

Parece que nesse caso não é só o filho que é borderline, pois pelo comportamento de sua mãe, ela também deve ser. O que ela fez com esse filho não é coisa de gente equilibrada, é coisa de borderline em último grau (estágio severo). Ou pode até ser pior: uma mãe que tem uma personalidade psicopática. Geralmente, um borderline tem alguém na família com o mesmo transtorno ou outros (sociopatia, bipolaridade ou ansiedade).

Unknown disse...

Sem dúvida a mãe também sofre de algum transtorno grave. O desequilíbrio é evidente.

Hamires C. Ferreira disse...

Eu conheço alguém que toda vez que ouve a história de um border qualquer sente profundo ódio pelos cuidadores desse border. E, admitamos, com razão, na maioria das vezes. Aliás, em todas. Mas é que, às vezes, a negligência pode ser mais discreta, passiva. Falo isto até por mim. No meu caso vejo mais como uma negligência passiva, permitida pela confusão do ambiente em que cresci.

Mas, enfim, não vim falar de mim.

É triste mesmo ver o que uma educação caótica faz com o indivíduo. =/

Anônimo disse...

Bom, para mim, infelizmente, essa história é muito familiar. Porque sofri, muito, com minha mãe que é psicopata e me rejeita até hoje. Sofri, todos os tipos de bárbarie psicológica, moral e física. Ao ponto da minha tia me resgatar de tanta violência. A partir daí, passei a viver melhor e busquei tratamento, com apoio e amor dessa minha querida tia. Não sei quantos anos, vc tem, anônimo, mas isso é muito importante, porque se for menor de idade, vc pode procurar uma vara da infãncia e juventude da sua cidade, através de um juiz ou, ainda, com um promotor de justiça, relate tudo para eles e você terá proteção integral da Jutiça, como um atendimento psicológico, jurídico e psiquiátrico e a guarda da sua mãe será suspensa. Caso, você seja adulto,( maior de 18 anos), procure alguém da sua família que te apoie. Isso é muito importante! Se trate, procure bons profissionais: psicólogo, psiquiatra especializados em disturbio de personalidade. Através de um bom diagnóstico, você poderá se tratar de forma adequada. Caso, seja borderline, o nosso estigma é a história de abandono, rejeição e violência.
boa sorte!!!
Felipe

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