No entanto, ajustar limites pessoais ajuda tanto o cuidador quanto o border.
Eis algumas dicas:
- Não sofrer devido às ações ou reações do border.
- Não fazer pelo border o que ele pode fazer por e para si mesmo.
- Não impedir uma crise se isso está no curso natural dos eventos
- Não permitir-se ser usado ou abusado por causa de seu interesse na recuperação do border.
Os limites pessoais lhe dizem onde você termina e onde outros começam.
Os limites definem quem você é, o que você acredita, como você trata outras pessoas e como deixa que outros o tratem.
Como a casca de um ovo, os limites lhe dão forma e o protegem.
Como as regras de um jogo, eles trazem ordem para sua vida e lhe ajudam a tomar decisões que o beneficiem.
As pessoas com TPB tendem a mudar as regras, agir impulsivamente e exigir atenção na hora em que elas querem, não os outros.
Os limites podem ajuda-lo a lidar com esses comportamentos para que você não se sinta como um fantoche num cordão.
Limites saudáveis são um tanto flexíveis, como uma peça leve de borracha. Você pode curva-lo e ele não quebra. Quando seus limites são muito flexíveis, contudo, as violações e intromissões de outros podem ocorrer.
Por outro lado, quando seus limites são muito inflexíveis, as pessoas talvez o vejam como frio e distante. Isso é porque limites inflexíveis podem agir como uma defesa – não apenas de outros, mas também de seus próprios sentimentos.
Seguem-se exemplos de como pessoas com bons limites emocionais agem de uma maneira que respeita seus próprios pensamentos e sentimentos:
Martha (borderline) e Tom, que estão tendo dificuldades no casamento, tem uma filha de dezesseis anos de idade, Tanya. Numa tarde, Martha e Tanya estavam caminhando quando Martha começou a divulgar detalhes sobre seus problemas maritais para Tanya. A adolescente imediatamente pediu que sua mãe contasse isso a uma amiga ao invés dela, dizendo que ela preferia não saber os detalhes pessoais.
Dan acreditava que seu pai tinha Transtorno de Personalidade Borderline. Seu irmão mais novo, Randy, discordava. Dan já não via seu pai por um ano, enquanto Randy jantava com ele uma vez por semana. Dan e Randy se sentiam livres para discutir suas opiniões a respeito de seu pai embora tivessem pontos de vista diferentes. E ambos gostavam de seu relacionamento de irmãos, percebendo que isto está separado de seus relacionamentos com o pai.
Os limites pessoais não dizem respeito a controlar ou mudar o comportamento de outra pessoa. De fato, eles não tem nada a ver com outras pessoas. Eles tem a ver com você, e o que precisa para cuidar de si mesmo.
Por exemplo, você talvez não seja capaz de impedir que parentes intrometidos lhe perguntem repetidamente quando planeja começar uma família. Mas você pode controlar se vai ou não responder a essas perguntas e quanto tempo passará com essas pessoas.
“O direito de dizer ‘não’ fortalece as fronteiras emocionais. Produz assim a liberdade de dizer ‘sim’, o respeito pelos sentimentos, a aceitação das diferenças e a liberdade de expressão.”
2 comentários:
Olá,
Obrigada por partilhar.
Tenho uma pessoa border na família e são 31 anos de sofrimento. Eu desconfiava que fosse border mas o psiquiatra dele disse que não era. Mas após ler seu blog e a comunidade do Orkut, vi que ele é sim.
Agora sinto-me mais aliviada e estou aprendendo (até hoje) a lidar com ele (PURA DINAMITE)
Deus a abençoe!
Muito obrigada Jandira!
É com grande satisfação que vejo o bom resultado do meu empenho em tornar o TPB mais conhecido e menos estigmatizado através desse blog!!!
Espero que o border da sua família aceite se tratar e fique bem!!!
Abraços e boa sorte!!!
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