Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus. . Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. . Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. . Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. . Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. . Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. . Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. . Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. . Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos. . Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. . Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. . Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'. . Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. . Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. . by George Carlin |
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04/05/2010
Paradoxo do Nosso Tempo
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