O Vaticano e a Célula Artificial

Autoridades da Igreja Católica disseram ontem que a criação da primeira célula sintética em laboratório poderá ser algo positivo, se esta pesquisa for usada corretamente. Mas advertiram que apenas Deus pode criar a vida. 
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Os clérigos se mostraram cautelosos depois do anúncio da experiência com a célula viva programada com um DNA artificial. A Igreja chama a atenção para a responsabilidade ética do progresso científico e disse que a maneira como a pesquisa será aplicada preocupa. 
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Para o monsenhor Rino Fisichella, máxima autoridade sobre bioética do Vaticano, diretor da Academia Pontifícia para a Vida, trata-se de é um grande descobrimento. E diz que é preciso comprender como será implementado no futuro "Se tivermos certeza de que essa tecnologia será para o bem de todo, do meio ambiente e do ser humano, teremos o mesmo juízo. Caso contrário, se for contra a dignidade e o respeito pela vida humana, vamos mudar de opinião".
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Fisichella afirmou que não há incompatibilidade entre Ciência e fé: 
"Vemos a Ciência com grande interesse, mas acreditamos sobretudo no significado que se deve dar à vida", disse em entrevista à rede italiana RAI:
"Só podemos chegar a conclusão de que necessitamos de Deus".

.(O Globo)