Uma bebê que nasceu de cesariana de emergência - depois de a mãe ter sofrido um derrame e morrido minutos antes do parto - sobreviveu e não deve ter sequelas, informou a mídia do Estado americano do Arizona.
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A menina Chastilin Ramirez chegou ao Phoenix Children’s Hospital (PCH) logo após o traumático nascimento. Ela apresentava poucos sinais de vida e quase não tinha batimentos cardíacos. O pai, Maurilio Rodriguez, não tinha muitas esperanças.
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Segundo os médicos, a menina sofria de encefalopatia hipóxico-isquêmica, que ocorre quando o cérebro é privado de oxigênio antes ou durante o nascimento.
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A equipe chegou a acreditar que Chastilin havia sofrido morte cerebral, mas decidiram mantê-la ligada ao Cool Cap (ou “touca gelada”, em tradução livre), uma touca que mantém o cérebro a uma baixa temperatura, retardando seu metabolismo, para evitar as sequelas associadas à condição.
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Segundo os médicos do PCH, a touca é, atualmente, a única ferramenta que permite tratar crianças que sofrem da condição, e há apenas duas delas em hospitais americanos.
O processo é aparentemente simples: tubos de água que passam por dentro da touca a mantém gelada, diminuindo a temperatura do cérebro para retardar seu metabolismo.
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A técnica evita que as toxinas das células danificadas do cérebro se espalhem por outras partes do cérebro.
Chastilin passou 72 horas usando a Cool Cap e respirando com a ajuda de aparelhos sem apresentar melhoras. Os médicos quase haviam perdido as esperanças, mas decidiram mantê-la conectada por mais 24 horas.
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A médica, Cristina Carballo, disse à mídia americana que a sobrevivência do bebê foi um “milagre”. Quando a equipe médica realizou novos exames, a menina respondeu aos estímulos, agindo como um bebê normal.
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Chastilin é a sexta filha de Maurilio Rodriguez e Dora Ramirez e já foi levada para casa. Ela deverá ser acompanhada para ver se a privação de oxigênio deixou alguma sequela no cérebro, mas os médicos esperam que ela tenha vida normal daqui para a frente.
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(BBC)
2 comentários:
Gloria a Deus, por essas e outras que nao podemos nunca perder a esperanca, nunca deixar de crer em milagres...
É por essas e outras que não consigo aceitar o desligamento de aparelhos de suporte à vida... nunca se sabe...
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