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13/05/2011

Rafinha Bastos faz Apologia ao Estupro


"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho." 

O humorista Rafinha Bastos está no palco de seu clube de comédia, na região central de São Paulo. 

É sábado e passa um pouco das 20h. Os 300 lugares não estão todos ocupados, mas a casa parece cheia. 

Ele continua o discurso, finalizando uma apresentação de 15 minutos. "Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade." 

Até ali, o público já tinha gargalhado e aplaudido trechos que falavam sobre como cumprimentar gente que não tem os braços, o que dizer para uma mulher virgem com câncer, e por que, depois que teve um filho, Rafinha passou a defender o aborto. 

O gaúcho de 34 anos, 2 metros de altura, astro da TV, não está emplacando sua anedota sobre estupro. Os risos começam a sair tímidos e os garçons passam a ser chamados para servir mais bebida. Rafinha aparenta não se dar conta de que algo ruim está acontecendo. Em vez de aliviar, ele continua no tema.

"Homem que fez isso [estupro] não merece cadeia, merece um abraço." Em vez de rir, uma mulher cochicha para alguém ao lado: "Que horror".

Desde que passou a apresentar o programa CQC (Custe o Que Custar) , na Rede Bandeirantes, em 2008, seu nome não para de ganhar popularidade. Hoje ele vai ao ar em rede nacional duas noites por semana. Às segundas-feiras, aparece comentando o noticiário de forma irônica no CQC. Às terças, é um dos repórteres de A Liga, baseado em jornalismo investigativo e de grandes temas (obesidade, condições das cadeias, drogas, entre outros). Nestes três anos, comprou um apartamento, teve um filho (Tom, hoje com 6 meses), ficou sócio de um bar, abriu um clube de comédia com o também humorista e colega de TV Danilo Gentili e acaba de lançar o DVD A Arte do Insulto, com o show de stand-up que o deixou famoso no circuito teatral paulistano - em 20 dias, a vendagem ultrapassou 15 mil cópias. A cereja do bolo veio com o carimbo do jornal norte-americano The New York Times, que o cravou como o homem mais influente do mundo no Twitter.

Parece que as coisas vão bem para Rafinha Bastos. Ainda mais se lembrarmos que o esporte preferido dele é incomodar. Seus textos versam geralmente sobre preconceitos e termos politicamente incorretos.

Durante os poucos minutos de suas apresentações, é possível passear por um rosário de sacanagens em cima de gordos, carecas, deficientes, cidadãos de Rondônia, judeus, golfinhos e pagodeiros...

3 comentários:

Hamires C. Ferreira disse...

Acho que faltou um pouco de critério na hora de escrever o texto. Eu sou até bem liberal. Acho que dá pra fazer piada com tragedia sim, mas é necessario saber a hora de parar. Ele não teve medida.

Marcos Antonio disse...

Esses comediantes Stand up estão fora de controle, outro dia um da MTV fez algo parecido em relação aos Autistas, bom senso é o mínimo que se espera de pessoas inteligentes.

Abraços

Unknown disse...

Também acho que eles estão fora de controle.
Tudo tem limite.

abraços

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