O aborto pode afetar seriamente a saúde psíquica das mulheres.
Uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, vinculada à USP (Universidade de São Paulo) com 120 mulheres que passaram por aborto indica que mais da metade apresentara algum nível de depressão e a maioria sofre de baixa a média estima pessoal.
O estudo foi realizado entre agosto de 2008 e setembro de 2009, com mulheres internadas em um hospital público do interior do Estado de São Paulo, com diagnóstico de abortamento.
Mariana, autora do estudo, detectou que 57% delas apresentavam sinais indicativos de depressão, sendo que em 33% os sintomas eram leves e prolongados e 22% eram moderados. Em 13% dos casos a depressão era grave.
Segundo a pesquisadora, estudos anteriores já mostraram que o aborto pode ter relação com depressão antes e após a ocorrência, mesmo a longo prazo.
A maioria das mulheres do estudo é jovem, solteira e com relacionamento estável, católica, com poucas atividades de lazer, sem fonte de renda própria, sem casa própria, mas com residência fixa há mais de um ano.
Os dados revelaram, ainda, associação entre violência familiar e aborto provocado.
(fonte)
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