Comentário feito nessa postagem aqui.
Sou uma esposa arrasada pelo marido border que não admite ser como é e se recusa a procurar ajuda médica.
Depois de 12 anos de convivência entre namoro e casamento e seis separações eu finalmente descobri que aquilo que eu vivia tinha um nome: borderline.
Chorei quando percebi que eu não era louca. Mas aí grandes estragos já tinham sido feitos: saúde debilitada e isolamento social.
Estou aprendendo sozinha a lidar com ele e graças a Deus tenho achado aqui na internet orientações e esclarecimentos.
Esse blog aliviou muito meu coração. Que Deus abençõe você sempre!
Julia
Qualquer situação onde alguém não admite que há um problema e recusa ajuda é extremamente delicada, desgastante e frustrante.
Pessoalmente tenho acompanhado alguns casos e o pior deles que já presenciei é um caso onde a esposa é bipolar e tem alguns traços de esquizofrenia (o primeiro diagnóstico é oficial).
O resultado foi catastrófico.
Ela descobriu, abriu um processo jurídico contra ele, pois afinal isso é contra a lei. Além disso, houve uma internação contra a vontade da paciente, o que também resultou em um processo!
O divórcio foi inevitável e a família ficou totalmente destruída. Já era desestruturada desde sempre, mas com o tempo, com as crises terríveis e incessantes, tudo ficou perdido.
Infelizmente eu não tenho um conselho será que alguém tem? para situações onde a pessoa nega o problema e não aceita consultar um profissional.
Acho que a melhor coisa a ser feita em casos assim é o cuidador buscar ajuda profissional e seguir os conselhos do médico.
Acredito que fazer terapia também deve ajudar o cuidador, já que a auto-estima normalmente fica fragilizada.
Sem contar que o psicólogo pode direcionar o cuidador instruindo-o no que dizer e como dizer.
Uma palavra dita fora de hora e da maneira errada pode por tudo a perder...
Wally
16 comentários:
Bom a terapia fez bastante por mim neste caso mas a descoberta da existência de um transtorno foi libertadora ... vocês imaginem que eu ACREDITAVA nas culpas e acusações que ele me jogava e ficava tentando achar onde eu sempre falhava. Os cuidadores precisam de muito equilibrio, paciência e sabedoria quando o outro não consegue se enxergar...
Boa Noite Wally!
Primeiramente obrigada por lembrar de mim...fiquei emocionada =) você é muito D+ mesmo!!!!!!!!
A respeito do tema acima, realmente como você disse:
"Uma palavra dita fora de hora e da maneira errada pode por tudo a perder..."
Acredito que o que funciona para determinada pessoa que tenha borderline, "não" necessariamente vai funcionar para outra pessoa.
Dai temos de ter um certo cuidado.
Meu esposo tem depressão desde a adolescencia e gastrite nervosa.
A depressão dele é forte de ficar até 3 dias sem tomar banho, ficar bem triste, as vezes não querer se alimentar direito, ser ant social...
As vezes falo o casamento de uma borderline & um depressivo.
E fico triste de as vezes piorar a situação dele com acessos de raiva, ciumes, não fazer coisas domésticaa para ele...
Quanto a parte ant social dele, até melhorou pois de tanto ciumes meu e auto grau de ant socialismo ele começou a valorizar: sair e conversar com pessoas, amizades...
Ou seja, casei achando que ele ia cuidar de mim...porém, ele também precisa de muitos cuidados...ele é magrinho, frágil...
Mas acredito que ele me ama muito por isso está sendo companheiro todo esse tempo.
Engraçado eu e ele somos bem parecidos em sentimentos e emoções...mas também eu entendo de certa forma o que ele sente pois border geralmente tem episódios depressivos.
Eu quero ajudar ele mas as vezes tenho acessos borders...Hora tenho dó, hora ciumes, raiva...
Tento compensar marcando médicos para ele, comprando coisas que ele gosta de comer, etc...
mas mesmo assim ele se sente um passarinho em uma gaiola...é triste Wally!!!
Desculpe o desabafo!!!
Bjus Priscila MT.
Pri, posso usar seu comentário pra fazer uma postagem??
Gosto de fazer isso com comentários que julgo serem de grande importância e que merecem ser compartilhados...
Beijos
Wally pode postar =) obrigada...seria bom saber como ajudar alguém com muita depressão...As vezes não consigo ajudar meu marido pois eu que queria ter uma fortaleza em casa para me apoiar etc...
Julia você nunca tem que se culpar...além disso, espero que cuide de sua saúde, não se sinta inultil, e lute contra qualquer sentimento depressivo...
Abraços,
Priscila MT.
Nossa... tou passada com essa história: a mulher, que é doente, mas não consegue admitir (sei que é muuuuuito difícil). O marido, desesperado, que tentou de várias formas possíveis.
Triste demais!
Mas olha, me desculpa, não quero ser insensível, mas na hora de ser ajudada, ela não soube lidar bem. Mas quando o marido deu os remédios que ela precisava tomar, ela resolve processar o pobre coitado? Algum momento de lucidez, a gente tem. Ela não podia perceber que ela estava deixando os outros à volta dela, doentes também?
Não tou desmerecendo o problema dela, é barra, mesmo. Não passo por isso, mas há situações em que não precisa viver pra saber a dificuldade. Paciência é primordial, mas tem limite. Por mais que a pessoa seja doente, temos que fazê-la perceber que: ou ela muda ou ela muda. Se não, enlouquece de vez e enlouquece os outros à sua volta!
Ás vezes, sinto vontade de morrer, sério mesmo. às vezes, perco o tesão pela vida. Mas eu levanto a cabeça, peço forças a Deus pra seguir meu caminho e não afetar ninguém com meus problemas!
Um bom exemplo que me inspira é você, Wally.
Você ter esse tipo de problema, mas apesar da fragilidade que isso causa, você se superou, admitiu o problema e usa a Internet para ajudar as pessoas que passam pela mesma coisa. Por isso que tiro o chapéu pra esse blog!
Ihh Kiara, você não tem noção da gravidade do problema do caso citado... quando ela tomava o medicamento ficava boa sabe? Mas depois o pessoal de uma igreja que ela frequentava a convenceu de que Deus podia curá-la e que ela não precisava de medicamento nenhum!
Foi daí que a porca torceu o rabo, como diz o ditado!
Eu fico extremamente revoltada com esse tipo de gente religiosa que mistura as coisas e fica achando que Deus vai curar tudo...e pra que existe médico então?
Obrigada pelo elogio.
Admitir o problema é muito melhor do que negá-lo, embora nao mais fácil.
bjos
Será que a mãe do meu filho é borderline?
Ela é chata, acorda de mau humor, passa um tempo já está bem humorada, ciumenta e possessiva, ela não que nem que eu saia pra trabalhar, grita muito, é escandalosa, vive rodeada de amigos e amigas, se veste com roupas vulgares e chamativas, quer ser o centro da atençãoes, é mentirosa, tem mania de furtar objetos, não suporta ficar sozinha, gasta dinheiro atoa, fica devendo pra todo mundo... Já me traiu várias vezes..
Além disso por qualquer coisinha ela começa a gritar e chegou a me agredir, quando conhece um novo amigo(a, é a melhor pessoa do mundo, dias depois ela passa a odiar a pessoa,. Não se importa com meus sentimentos, as vezes diz que me ama, as vezes me odeia, tudo o que ela faz de errado põe a culpa em mim... Não consegue trabalhar em nada, nem o serviço doméstico ela faz... As vezes chora, as vezes ri, faz coisas estranhas, exije sexo todos os dias..
Estou separado dela há 4 meses, por traição e abandono de lar, entrei na justiça para ficar com a guarda do meu filho, pois ela não tem paciência com o menino, ela tenta voltar comigo, mas eu não aceito devido as traições, ela é muito bonita, sempre tem um monte de homens atrás dela, parece que ela gosta disso e não tem a mínima vergonha... Dia desses ela me agrediu a mordidas por ciúmes.. É muito escandalosa..
Eu vivi com ela 8 anos, a mãe dela me disse que ela tentou suicídio uma vez com 17 anos, é filha de pais separados e a família dela inteira é meio esquisita... Enquanto eu vivi com ela, nunca tentou se matar, mas sempre ameaçava, ela não se auto-mutila, mas tem o costume de fingir que está doente, exagera nos sintomas... Ela é fria e cauculista, muito estranha mesmo...
Ela nunca quis ir ao psicólogo e diz que eu é que sou louco, ela não... Será que ela é borderline?
Meu nome é João.
João, pelos sintomas que você descreveu é bem possível sim que ela tenha TPB, preenche vários critérios do diagnóstico.
Você deve ter sofrido bastante... e seu filho também.
Mas sem dúvida ela também deve ter sofrido igualmente.
Mas naturalmente que para se saber com precisão é necessário que ela consulte um especialista, e sem esconder nada do que sente, inicie um tratamento. O diagnóstico pode demorar bastante. No meu caso demorou mais de 10 anos =/
Se você me permite, gostaria de publicar seu comentário no blog. Pode ser?
Abraços
Com certeza Wally, pode publicar... Tem muitas coisas que eu deixei de escrever; Ela errra e não aprende com os erros... Ela se deixa influenciar pelas pessoas. Ela É impulsiva,faz primeiro para depois pensar no que fez. Ela é muito dramática.. dirije o carro como louca.. Não sei por que a amo tanto, sendo que ela sempre foi cruel comigo...Mas tenho quase certeza de que não vou voltar com ela..
Pode ser que ela seja histriônica, pois pelo o que li, os sintomas são parecidos...
Gostaria de te fazer uma pergunta: Porque as pessoas assim não se importam com os sentimentos dos seus cuidadores?
João.
Obrigada João.
Já estou trabalhando no comentário para programá-lo para auto-postar-se amanhã de manhã ;)
Vou responder sua pergunta na postagem, OK?
Não esquece da conferir depois... e se quiser, comentar!!
abraços
nossa estou chocada,acabo de me dar conta da importância do diagnóstico corretto,pois...........João vc descreve uma pessoa com um sério problema de conduta e comportamento,me lembrou até a psicopatia!Cuidado tire o seu filho desse mundo,sinto muito por vc ter se envolvido nisso tudo!
(médico psiquiátra e filho de uma border)
É por essas e outras que não tenho vontade de ter filhos...
Acho que meu marido é border
Ele tem ataques de furia, é capaz de fazer tempestade em copo dagua,é imprevisivel, impulsivo, muda de opinião a toda hora, é exigente, perfeccionista, faz tudo,para me humilhar, fica me testando o tempo todo,quando
se empolga com alguma coisa em seguida perde o interesse.
No inicio do relacionamento era completamente
diferente, muito carinhoso, disse que queria formar uma familia, logo engravidei e com 2 meses, parece uma pessoa que tirou a mascara,
Alterna momentos maravilhosos de tranqulidade,
com outros de muita agitação e brigas.
Não vou ao mercado com ele, pois passei vergonha
por duas vezes, com as pessoas me olhando.
As exigencias eram tantas, e eu tentando satisfaze-las para o casamento dar certo, me
sentia exausta e com sentimento de culpa.
Ao identificar os sintomas me senti aliviada,
por achar que o problema é ele e não eu.
Mas me sinto dependente, quero manter o casamento pois o amo muito.
Maria Rita,
Imagino que tudo isso esteja devastando o relacionamento de vocês.
Espero sinceramente que ele enxergue que tem um problema e aceite ajuda.
Sem tratamento não há melhora.
Abraços e boa sorte!
P.S. Vou publicar seu comentário num post, OK?
ACABO DE SABER O QUE SOU: BORDER...
ANOS DE SOFRIMENTO, FAZENDO DE TUDO (O QUE EU ACHAVA SER O CERTO) PARA MUDAR, PARA TRATAR MELHOS AS PESSOAS, PARA SER FELIZ COM ALGUÉM, POIS SOZINHA NÃO CONSEGUIA VIVER E NÃO ENTENDI O POR QUE... AGORA PARECE QUE ME DEPAREI COM UM ESPELHO PELA PRIMEIRA VEZ NA VIDA E CONTEMPLO QUE SOU, SEM ACREDITAR MUITO NO QUE VEJO...
FAÇO TRATAMENTO A ANOS (SUS) PARA DEPRESSÃO, PORÉM SEM TER NEHUMA MELHORA. E PARA PIORAR ESTOU MORANDO COM UM HOMEM QUE PELO JEITO TAMBÉM É BORDER... ESTÁ DIFICIL... TEM REMÉDIO PARA ISSO? POIS NÃO CONFIO MAIS EM TERAPEUTAS.
AMEI O BLOG.
GUITA
Oi Guita,
A Wally vai te responder, com certeza, mas resolvi te escrever tb.
A medicação para borders (também sou border) é um conjunto de remédios que atuam na nossa ansiedade, alteração de humor, depressão e, em alguns casos, anti-psicóticos. Eu todo os quatro grupos. Eles ajudam a estabilizar esses sintomas que todo mundo tem, borders e não-borders, mas em nós eles são mais exagerados. E, por isso, a necessidade da medicação, para poder controlá-los e deixá-los num nível mais normal.
A terapia é uma outra parte do tratamento que é muito importante pois vai te dando conhecimento do que o transtorno de personalidade borderline é, de como é lidar com ele, de como ele funciona, assim te dá mais recursos pra você poder viver melhor.
Posso te dizer, por experiência própria, que tb passei anos sendo tratada como bipolar, depressiva, e portadora de TDAH. E com o diagnóstico correto a nossa visão sobre nós mesmos muda e isso ajuda muito.
Beijos
maria roberta
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