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20/11/2011

Separação da mãe após o parto causa stress ao recém-nascido

Uma mulher entra em trabalho de parto e dá à luz. Em seguida, o recém-nascido é coberto e colocado para dormir em um berço próximo ou levado para longe, no berçário.

Apesar de essa ser a rotina dentro dos hospitais ocidentais, além de ser um procedimento indicado pela Academia Americana de Pediatria, uma nova pesquisa publicada no periódico Biological Psychiatry fornece novas evidências de que separar o bebê da mãe pode ser um motivo de stress desnecessário para a criança.
Os impactos psicológicos para o bebê causados pela separação eram, no entanto, desconhecidos. 

Os pesquisadores mediram, por uma hora, a variabilidade da frequência cardíaca em 16 bebês com dois dias de idade, durante o contato físico (pele a pele) com a mãe e no período em que eles estavam sozinhos no berço.

A atividade neonatal autonômica (controla a vida vegetativa, como respiração e circulação sanguínea) era 176% maior e o sono tranquilo, 86% menor durante a separação. A pesquisa sugere que isso é algo que causa um importante stress fisiológico para o bebê.

Em pesquisas animais, a separação entre mãe e filho é uma maneira comum de criar stress para estudar os efeitos prejudiciais no desenvolvimento do cérebro do recém-nascido. Ao mesmo tempo, a separação dos bebês humanos é uma prática comum, particularmente quando há a necessidade de cuidados médicos especializados.

"O contato pele a pele com a mãe acaba com essa contradição, e nossos resultados são o primeiro passo na direção de entender exatamente por que os bebês se saem melhores quando têm esse contato físico com a mãe, frente aos cuidados na incubadora", diz Barak Morgan, coordenador do estudo.

De acordo com a equipe, são necessárias pesquisas posteriores para se entender melhor os efeitos da separação. Entretanto, o contato físico traz benefícios já conhecidos ao bebê, além de evitar um stress físico desnecessário

Assim, conforme novas evidências surgem, os médicos se deparam com um novo desafio: integrar o contato físico nos tratamentos de rotina, enquanto ainda conseguem fornecer com segurança os demais cuidados de praxe com o recém-nascido.

1 comentários:

Zilda Palloni Somense disse...

Meu bebê ficou o meu lado, num bercinho....e o primogênito ficava no berçario...era triste a despedida Wally, já é um avanço, mas precisava melhorar mais esse sistema dos hospitais!

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