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24/08/2012

Ócio Borderline

Da série: Comentários que Merecem Destaque
Comentário feito nessa postagem aqui.

Bom dia Wally,

Fui diagnosticado com TPB após o 3 psiquiatra e 4 psicólogos e 6 longos anos de sofrimento.

Foi um alivio para mim saber o que tinha, pois consigo entender que não sou maluco e que posso conseguir melhorar.

O meu problema no trabalho é conseguir me ocupar nos momentos de ócio. Explico melhor: estou em posição de chefia e não tenho atividades rotineiras, durante o mês tenho um período de atividade constante e isso me deixa bem pois me sinto produtivo. 

Contudo tem outro período no mês que existem poucas atividades para mim e isso me deixa muito mal pois me sinto improdutivo enquanto o resto da equipe que tem atividades rotineiras continua seu trabalho.

A confusão é muito grande na minha cabeça nesses momentos e não consigo pensar no que posso fazer para me ocupar nesses momentos pois eu sei que existem coisas que posso desenvolver e me ocupar. 

Minha cabeça chega a doer e vem uma sensação de desrealização.

A minha pergunta é: é normal ter períodos ociosos no trabalho? O que vocês fazem nesses períodos?
Abraços,
Mister S

Olá Mister S.

Acredito que a intensidade dessa sensação varie de pessoa pra pessoa mas pelo que tenho observado é comum ocorrer esse período de ócio no paciente borderline com mais frequência e em um grau maior do que nas pessoas que não possuem o transtorno.

Eu chamaria esse período de uma fase introspectiva.
Nessa fase é também muito comum ocorrer um isolamento social.

O borderline passa por diversos ciclos. Esse é apenas um deles.

Por isso o tratamento psicoterápico e medicamentoso é tão importante. Para atenuar ao máximo as oscilações e as demais nuances do TPB.

O que fazer nesse período?
Bem, em primeiro lugar, é preciso se respeitar.
Porém se respeitar não significa se acomodar.
E também como já mencionei, o tratamento é primordial.
Você pode (e deve) praticar algum esporte. Vai te ajudar muito.
E que tal adquirir um hobby? Algo bem light.

E também recomendo que leia as dicas do psicanalista Henrique Trejgier aqui; elas têm me ajudado bastante.

Abraços e boa sorte!!
Wally


Comentário do psicanalista Joao Antonio Fernandes:

"Com as análises me apercebo de um falso poder em muito casos, como motivação encobridora de uma falta de atividade motriz devido à repressão infantil a que foi sujeito determinado sujeito, que se reflete numa fuga para a frente em outras atividades, que uma vez terminadas, parece não existirem outros desejos por realizar. A meu ver, o tratamento analítico deve incidir sobre essa questão da repressão, cujo dissolvência não é fácil de alcançar."

5 comentários:

Finder disse...

Muito obrigado pelas dicas Wally.
Fiquei muito contente em ver que meu comentário mereceu um post. Estou realmente em uma fase de autoconhecimento pois fui diagnosticado há pouco tempo com TPB e estou procurando minha identidade.

Mudei meu apelido de Mr. S para Finder e como terapia diária estou mantendo um blog sobre o assunto. Se possível visite e deixe seu comentário.

http://embuscadaminhanovavida.blogspot.com.br/

Abraços,

Finder (Mr. S)

Anônimo disse...

Olá Wally. Demorei bastante pra encontrar este espaço e espero que ainda dê tempo de conseguir sua ajuda.

Minha namorada foi diagnosticada com TPB por um psiquiatra particular, mas não tivemos mais como manter o acompanhamento particular. Nas consultas com psiquiatras públicos disseram que ela tem apenas depressão, como se já fosse pouco. O fato é que devido a várias lesões que ela mesma provoca, descobrimos que ela tem um tumor no cérebro. Agora ninguém mais quer tratar como Borderline. Mas não temos duvidas que este é o diagnóstico correto, pois os sintomas são os mesmos que vemos aqui.
Ela dorme fazendo juras de amor, depois acorda como se eu tivesse tentado mata-la durante a noite. Ela diz isse.
Namoramos a 1 ano e 2 meses e ela não confia em mim e sempre diz que me odeia. Depois de 5 minutos diz que me ama. Aponta os meus erros a todo momento e me afasta dela como se eu fosse o inimigo. Nunca quer sair e fica brava quando eu saiu, porque é possesiva ao extremo.
Não posso mais toca-la. Fazem 5 meses que se quer nos beijamos. Sempre que vou abraça-la ela se esquiva e as vezes grita por socorro. Não sei mais o que fazer. Ela me agride fisica e emocionalmente sempre que pode.

A pouco tempo, depois de muita conversa ela aceitou se tratar e disse que quer conseguir se manter tranquila, mas todo mundo que procuramos diz que não tem cura e que isso tudo só vai amenizar depois dos 50 anos. Detalhe: Ela tem 23.
Eu a amo muito e estou desesperada. Nos ajudem por favor!!!

Precisamos de alguma indicação de psiquiatra bom na capital de SP, que acredite no tratamento e uma terapia pra ela e pra mim também. Acho que vou enlouquecer a qualquer momento.
A preferência é que seja gratuita, mas pago o preço que for se realmente for solucionar tudo isso.

Desculpe o desabafo e boa sorte e força pra todos por aqui.

E:mail:milady_macbeth@hotmail.com

Unknown disse...

Olá
Seja bem-vinda ao blog.
Sinto muito pelo que você está passando.
Sei que não é fácil.
Devo dizer que um tumor no cérebro pode provocar mudanças de comportamento também.
Já vi um caso em que uma mulher teve comportamento pedófilo porque o tumor estava pressionando uma parte do cérebro.
Então fica muito difícil dizer o que é causado pelo tumor (neurológico) e o que é psíquico.
O tratamento neurológico tem que ser levado muito a sério.
Bom, eu sou do interior de SP, então não conheço médicos aí.
Vocês já procuraram o CAPS?
http://www.saocamilo-sp.br/blogpsicologia/?p=443
Eu me trato com um psiquiatra do CAPS.
E dei sorte.
Nem sempre a gente dá sorte de pegar um psiquiatra bom.
Mas isso acontece também no particular. E com qualquer médico.
Outra coisa, no FB tem vários grupos de TPB.
Se vc tem FB me fala e te passo os links do grupo pra vc se adicionar e se informar melhor.

Abraços

Anônimo disse...

descobri a um mes que sou border depois de 6 anos axando q era normal ter surtos desde os 14 anos agora com 21 apos passar por 5 psiquiatras diferentes ter tomado hiperative paroxetina clonazepan e mais um monte de medicaçao umas 4 ou 5 tentativas de suicidios nao bem sucedidas graças a deus terapia em grupo ja fui dagnosticadea com ansiedade depois com TAG transtorno de ansiedade generalizada depois com TAB transtonrno afetivo bopolar depressao e fienalmente depois da minha ultima tentativa de suicidio e surto o especialista e chefe da psiquiatria da usf universidade sao fransisco de bragança paulista resolveu me analisar e la estava o diagnostico TRANSTORNO DE PERSONALIDADE LIMITROFE TPB OU BORDERLINE. Estou mto assustada pois estou enternada fazendo terapia em grupo com pessoa com diversos transtornos diferentes dos meus e ainda nao entendi mto bem oq tenho ou pq tenho os surtos estao frequentes e começo a psicoterapia so dai uma semana se alguem ai puder me ajudar agraço desde ja ! obrigada!

Unknown disse...

Anonimo, a melhor ajuda que você pode obter é seguindo a risca seu tratamento.
Não interrompa.
Se não estiver satisfeita com o resultado, questione seu medico.
Além disso, recomendo que leia as dicas para border aqui do blog:

http://vidadeumaborderline.blogspot.com.br/search/label/Dicas%20para%20o%20Border

Bjos

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