Após anunciar que estava cancelada a queima de exemplares do Alcorão, o pastor Terry Jones voltou atrás novamente nesta quinta-feira e deu um novo revés na polêmica.
O religioso da Flórida afirmou que foi "enganado" e que está "repensando" se realmente não levará à frente o ato, programado para o próximo sábado, quando serão lembrados os nove anos dos atentados do 11 de Setembro, como noticia a rede americana CNN.
Quando fez o anúncio do cancelamento do ato, o pastor disse que sua decisão fora tomada após receber garantias de que o polêmico projeto de erguer uma mesquita a duas quadras do World Trade Center seria deixado de lado. O acordo, no entanto, foi negado por líderes muçulmanos.
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À frente há anos de uma dura campanha contra o islamismo e de uma igreja protestante com apenas 30 membros, Terry Jones anunciou também que se encontraria no sábado, em Nova York, com o líder muçulmano que está por trás do projeto da mesquita, o imã Feisal Abdul Rauf.
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Mas tanto Feisal Abdul Rauf como o imã Muhammad Musri, líder islâmico da Flórida que estava ao lado do pastor no anúncio do cancelamento do ato, não confirmaram qualquer acordo ou reunião para discutir a localização da mesquita.
Wayne Sapp, pastor da mesma igreja de Terry Jones, disse que a queima do Alcorão foi apenas adiada até que a reunião de Nova York seja confirmada.
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- Nós estamos agora, obviamente, contra a ideia de qualquer outro grupo queimar exemplares do Alcorão. Nós pediríamos neste momento que ninguém queime exemplares do Alcorão - afirmou mais cedo o pastor da Flórida.
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A mudança súbita de postura por parte do pastor foi mais uma decisão polêmica em um dia movimentado sobre o caso, que gerou apelos de, entre outros, o presidente Barack Obama e do Pentágono. O secretário de Defesa, Robert Gates, chegou a ligar para Terry Jones para pedir que retrocedesse na decisão.
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