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Tive a felicidade de ser amado por uma border durante alguns meses, e foi o amor mais intenso que recebi de um ser humano.
Uma experiência única, pois até então não sabia que ela era border, após alguns meses e após alguns desentendimentos, um psiquiatra amigo a diagnosticou por tabela, pois ela se nega a ser tratada ou ir ao psiquiatra.
Até então pensava em síndrome do pânico e depressão!....eu fazia tudo, conseguia remédios para a suposta depressão e outras coisas mais, até perceber as mentiras e as manipulações...
Tentei ser seu amigo, mas não suportei as manipulações, pois a relação já se fazia uma relação perversa e não aguentei, surtando de ciúmes e perdendo a confiança dela, o que foi bom pra mim, pois assim ela não me quer mais por perto e só assim consegui me livrar da co-dependência e das manipulações, pois além de não aceitar tratamento ela é alcóolatra e usuária eventual de cocaína.
Espero um tempo para me fortalecer, melhorar minha auto-estima e quem sabe num futuro a médio e longo prazo poder voltar e ajudá-la, pois ela vai continuar andando em círculos, como andou até agora nos seus 37 anos; espero o momento certo para entrar no círculo de novo e tentar tirá-la de lá; mas pra isso preciso estar bem e seguro de mim mesmo, senão serei manipulado novamente!
Quem sabe aí posso experimentar aquele amor de novo!....foi a coisa mais intensa vivida por mim nos meus 40 anos....é indescritível e apaixonante no começo...e destrutivo no final!
Parece que já é de conhecimento público a peculiar combinação de inferno e paraíso que é ser amado por um borderline.
ResponderExcluirSobre este depoimento, acho que cabe relacionar com o que disse a Maria Roberta neste post:
http://vidadeumaborderline.blogspot.com/2011/09/o-calcanhar-de-aquiles-do-borderline.html
Também me fez lembrar algo que meu namorado disse uma vez, e até publiquei no meu blog:
"É como um super carro... Oitocentos e noventa cavalos; caracol de turbo; uma transmissão bem regulada, de seis marchas; amortecedores reguláveis; capaz de chegar a quatrocentos e dez quilometros por hora. Há um unico dilema: mantê-lo na pista."
Achei extremamente pertinente, e a Wally até comentou, dizendo que é uma comparação perfeita.
Bem, à pessoa que deixou este comentário, eu tenho a dizer o seguinte:
Pessoa, tua nobreza e consciência são admiráveis. Desejo que consiga o que pretendo, e desejo à tua border que ela se encontre e tenha, algum dia, finalmente, uma vida digna.
Não é digna a vida de um border. É triste, confusa. Como diz em uma música que eu yltimamente venho ouvindo toda vez que preciso de uma esperança, nós somos como um "castelo de cartas pronto para desmoronar". Mas, ainda, como diz na mesma música, "há uma faísca em nós", e devemos "deixá-la brilhar". A canção da qual estou falando é "Firework", gravada por Katy Perry. O clipe é lindo e muito bem produzido, em minha humilde opinião. O estilo de música que ela faz não é, nem de longe, o meu preferido, mas esta é uma canção que realmente me toca a alma.
Enfim, pessoa, parabéns por tudo o que está envolvido em tua atitude com a sua border. E bola pra frente, que a vida está aí pra ser vivida, e temos que fazer o que temos que fazer - se e quando pudermos fazer, logicamente.
Borders, lembrem-se sempre: a cura está dentro de vocês (nós, que também sou border). Sigam seus próprios ritmos, não abandonem a psicoterapia, dêem valor às tuas pequenas vitórias, e se permitam, sempre que possível, sentir a dor para entendê-la e aprender a lidar com ela. Não é fugindo da dor que você vai conseguir dissipá-la, mas sim se tornando íntimo dela, até poder colocar cada peça deste quebra cabeças no seu devido lugar.
É óbvio que quando não dá, não dá. Sentiu que vai paralizar ou surtar mesmo por causa de alguma situação? Aí, sim, é hora de correr, mas correr do jeito certo. O jeito certo não é negar a sua dor, mas dar um tempo para si mesmo. Talvez você tenha um medicamento que foi prescrito especialmente para estes momentos, ou talvez você tenha algo que te acalma e liberta, como escrever, desenhar, pintar, conversar com alguém, ou ligar para seu(sua) psicólogo(a), por que não? Aí, depois que a poeira abaixa, é hora de revisar o que passou e colocar os pingos nos i's. Sem estas reflexões, compreensões, a gente fica andando em circulos.
Um abraço carinhoso e apertado!
Sim, é o paraíso e o inferno
ResponderExcluirÓtimo post! Também amo uma border e sei bem como funciona esse paraíso e inferno.
ResponderExcluirNão estamos mais juntos, ela se afastou...
Gostaria muito de ajudá-la mas não faço ideia de como conseguir, afinal, ela não quer me ver nem pintado de ouro.
Boa sorte a todos!
Olá.
ResponderExcluirTambém estou na mesma situação. Tenho 35 anos e nunca namorei mais de 6 meses com alguém. Namorei com uma borderline durante um ano e nunca amei tanto uma pessoa. Infelizmente,não aguentava suas agressões, manipulações...
Ela fazia tratamento mas bebia muito e era usuária de cocaína. Tentei ajudá-la de diversas maneiras mas nunca era suficiente e ela sempre reclamava que eu a abandonava.
No final do ano, ela retornou para casa dos pais e diz que não retorna nunca mais.
ela está fazendo um novo tratamento e parece que esta fazendo efeito, mas estou arrasado pois ela diz que não me quer mais mais pois deixei ela retornar para casa dos pais.
Ela disse que acha que podemos ser felizes mas ao mesmo tempo tempo diz que o sentimento mudou...não sei o que fazer...