18/08/2011

O TPB na Terceira Idade

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Minha mãe esta com 80 anos, apesar de possuir o mal de "Chagas" fisicamente para sua idade esta até bem.

Mas mentalmente já ha muitos anos sofre de um transtorno diagnosticado como "Síndrome de Borderline", ou Transtorno de Personalidade Limítrofe. 

A pessoa atingida por esta síndrome apresenta um sério distúrbio psíquico, principalmente na esfera afetiva, no domínio dos impulsos, nas interações com o outro, na sua auto-imagem. 

O diagnóstico desta perturbação mental é facilitado pelo próprio transtorno causado pelos sintomas no entorno do paciente, principalmente por atingir os familiares, ou seja, quer todas atenções para ela, ofende com atos e atitudes, agride familiares próximos e ao mesmo tempo que para os de foras do circulo familiar se apresenta com uma pessoa bondosa, compreensiva etc. 

Somos em 4 filhos e justamente para nos agredir e magoar, durante muitos anos ela morou em péssima condições e sozinha em um pequeno quarto alugado. 

Em 2002 após uma internação de três meses em uma clínica, consegui levá-la para morar comigo, na oportunidade estava fragilizada e precisava continuar o tratamento com o apoio de uma “cuidadora”. 

Após quatro meses ela quis ir para a casa de uma de minhas irmãs, onde reside até hoje. Com o passar do tempo ela deixou de aceitar os tratamentos psiquiátricos, não toma os remédios e todos os sintomas do transtorno afloraram novamente. 

Esta irmã e outra que reside próximo são mais velhas que eu e ambas por triste coincidência passaram recentemente por abalos familiares, a que abriga mamãe em Janeiro de 2010 perdeu seu esposo fulminado por um câncer, a outra ainda esta cuidando de seu esposo que três meses depois entrou em coma após um grave enfarto e até hoje se recupera da cirurgia de safena e atualmente ambas estão também muito doentes. 

Posso afirmar que fisicamente neste momento as filhas estão piores que mãe e que apesar do amor e carinho destas, ambas não estão em condições de cuidarem adequadamente de uma mãe cuja mente doente não aceita a realidade, se diz abandonada, exige delas toda atenção, faz ameaças constantes, briga, discute, não repousa, se fere na tentativa de chamar a atenção etc. 

Desejamos que ela voltasse a fazer tratamento, mas não aceita e muito menos reconhece seus transtornos, o ideal seria trazê-la novamente para residir em minha casa, pois atualmente minha condição permite acomodá-la melhor, transportá-la para tratamento etc. 

Sou o filho mais jovem, 55 anos, pesquisei muito sobre a "Síndrome de Borderline" busquei orientação com especialistas para conviver e cuidar dela, por isto ela não me domina, não me envolve facilmente em suas esquizofrenias e conforme orientação não me deixa ser manipulado e é justamente por esta razão não verbalizada que ela se recusa a voltar a morar comigo. 

O que devemos fazer? Qual órgão do judiciário deveremos procurar? Como podemos oferecer a ela um tratamento se NÃO ACEITA, não toma os remédios, como tira-la da casa de minha irmã se ela ameaça com ações absurdas. 

É possível conseguir judicialmente a visita residencial de um psiquiatra para consultá-la ou algum profissional capaz de argumentar sobre a obrigação de fazer tratamento?

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