Da série: Comentários que Merecem Destaque
Obrigado pelas palavras. Mas pode acreditar que foi com muita dificuldade e sofrimento que consegui dar uma direção, um norte para a minha vida.
Eu era um desajustado e revoltado com a minha vida e me sentia um monstro. Era regido por uma angústia extrema.
Mas o psiquiatra me orientou que há diversos tipos de borderline e parece que no meu caso a medicação está me dando uma certa estabilidade.
Estou fazendo duas sessões semanais de terapia. E também estou gostando muito. A minha "curadora apaixonada" está sendo muito participativa na minha vida, mas ambos estamos sendo muito bem orientados pelos nossos psicólogos e ambos trabalham com análise junguiana, portanto, falam a mesma língua.
Sabemos das dificuldades e das crises que virão, mas estamos JUNTOS e isso é o mais importante. Também a trai durantes minhas inúmeras crises, e sei exatamente como vc está se sentindo: um lixo!!!
Mas, não se culpe, vc vai conseguir sair dessa, pq está com ajuda profissional.
Quer um conselho? Conquiste a mulher que vc ama. No resto, a decisão é sua.Um abraço,
Fred
Wally, muito obrigada por postar esse comentário do Fred, porque esclarece a todos que nós dois estamos absolutamente felizes, ecantados mesmo. Esse é um momento para comemorações e celebrações porque foi dado um passo muito grande nas nossas vidas. Porém, de outro lado estamos conscientes que é apenas o início da jornada. E estamos preparados para tempos difícieis. Por ora, não estamos pensando nisso, apenas estamos vivenciando momentos agradáveis, novos aprendizados e curtindo o nosso AMOR.
ResponderExcluirNesse comentário do Fred, pode-se observar o quanto ele está envolvido nessa causa: apenas ser feliz. Está maduro e reavaliando as suas atitudes passadas, aprendendo com os erros e seguindo em frente, sempre.
Um beijo especial,
grata,
Luciana A. ( "cuidadora apaixonada")
Muito obrigado, caro Fred pelas palavras amigas.
ResponderExcluirÉ muito reconfortante dividir com alguém as nossas angústias e incertezas logo depois de longo tempo de negação da doença. Parece que tudo que ficou para trás não foi real, é muito estranho. Obrigado por identificar-se com o meu sofrimento. Quanto a sua história de amor, só posso parabenizá-lo pela sua conquista. Demonstrou uma coragem imensa de vencer o próprio medo e de superação de si mesmo.
Quanto a conquistar a mulher que eu amo, eu ainda não acho merecedor dela, precisarei resolver o meu casamento em primeiro plano. Esse foi o preço da minha traição: a minha própria condenação!!!!
Mas, estou tentando enxergar uma solução lá na frente. Muito obrigado pelas palavras de força e coragem,
"Ricardo"
Ricardo,
ResponderExcluirVá com calma, sem desespero. Primeiro se fortaleça interiormente ( esse termo é da minha psicóloga) e com calma você tomará a decisão correta. Quanto a mulher que vc ama, concerse com ela,abra o seu coração. Se ela está te apoiando como amiga é porque gosta muito de você. E na vida, há vantagens e desvantagens. Escolha o caminho da felicidade, dá para ser um bom pai sem necessariamente estar casado com a mãe dele sem amor. Pense nisso.
Abraços,
Fred
Sábias palavras, Fred...
ResponderExcluirCaríssimos amigos Wally e Fred,
ResponderExcluirEu tenho novidades para partilhar com vocês. Depois de várias sessões de terapia e muita "reflexão borderline". Eu tive uma conversa bastante séria com a minha esposa, sobre a minha doença e a insatisfação de ter me casado "forçado" com a sua pessoa. Foi uma conversa absurdamente tensa e difícil, muito difícil. Ela reagiu violentamente e sob ameaça de escândalo no meu ambiente de trabalho. Mas, dessa vez, devidamente orientado pela minha psicóloga, não demonstrei medo ( embora por dentro estivesse aterrorizado), e disse-lhe: o que o meu Tribunal fará contra mim? Vai me prender ou me condenar porque eu ter me casado com uma desequilibrada? Não quero e não estou aguentando mais esse casamento! Pode fazer o escândalo que quiser. Essa atitude só ressaltou que eu sempre estivera correto em relação a ela. Afinal, eu nem a conhecia. Dei um basta. Mas preciso dar um tempo para ela digerir a situação e poder acomodá-la em uma situação em que o meu advogado vai resolver.
Estou no meu notebook, e ouço as imprecações dela. Horrível de se ver. Eu sou borderline, digamos meio esquisito, impulsivo, instável. Mas Wally, ela só pode ser psicótica, pelo amor de Deus!
Vou deixá-la amparada, e cuidar de forma muito participativa da vida do meu filho. Fred, amigo, você foi formidável, porque serei um pai muito melhor para o meu filho.
Obrigado,meus queridos, pela força. Obrigado, mesmo!!!
Estou com muito medo de ter uma nova crise, estou lutando para superar a minha ansiedade. Até me matriculei na academia para fazer pilates. RSRSRS Mas estou pensando mesmo em fazer alguma luta marcial, com 41 anos e fora de forma RSRSRS- espero que eu consiga me decidir- parece piada- mas para um border é muito difícil fazer esses cursos e optar por um deles. Mas considero que ter um hobby vai me ajudar muito, aprendi com você, Wally.
Bom, agradeço muito a ajuda de vocês.
Abraços,
"Ricardo"
Oi Ricardo,
ResponderExcluirTenho lido seus comentários aqui e estou feliz por você ter decidido se tratar e agora mais ainda por ter tomado a decisão de conversar com sua atual esposa sobre o casamento. O medo é uma constante gigante na vida de nós, borders. Mas você está acompanhado de sua psicóloga agora (e se apoie nela sim!) e isso vai te dar mais forças pra enfrentar as ansiedades, as angústias que são normais em todas as pessoas mas que em nós, borders, são maiores. Aparecem em lentes de aumento!
Quanto ao hobby, sobre se decidir, não se critique tanto pois passo pelo mesmo e acredito que todos os borders se sentem inseguros e confusos. É normal em nós. Quer uma dica? Experimente. Veja em qual você se adapta melhor. Tente se criticar menos. Estou tentando fazer isso comigo mesma. Eu tenho 38 anos, nunca havia dançado e comecei a fazê-lo mês passado. Estou lá eu e minhas duas pernas esquerdas mas estou amando e me divertindo muito! Acredito que precisamos experimentar coisas que temos vontade pois sempre fomos muito inseguros de tudo e sempre dependemos muito da opinião de terceiros (estou errada?). Precisamos começar a entender melhor o que é importante para nós, nossas vontades, nossos gostos, por nós mesmos.
Quando vier, talvez, o impulso de abandonar, pela própria característica do transtorno (de enjoar, de achar que não preenche mais), acredito que ai sim cabe uma reflexão do tipo, por que estou querendo abandonar essa atividade? eu enjoei? por que enjoei? quais beneficios estou perdendo se abandoná-la? que estou ganhando se fizer um esforcinho e me manter nela? isso, do meu ponto de vista, é começar a conhecer a si mesmo, ao transtorno, e a lidar com ele. é tentar controlar o impulso e não ser controlado por ele. sempre um trabalho de formiguinha ... tijolinho por tijolinho ... nada facil ... mas é o que temos pra poder viver melhor. e é possivel.
vc nao acha?
beijos
maria roberta
Ricardo,
ResponderExcluirCada vez que você reaparece no blog eu vibro com seu progresso!!
Fico me lembrando daquele Ricardo que chegou aqui tão desiludido e desesperançoso há pouco mais de um mês.
E hoje, olhe para você!!
Em cada palavra que você escreve dá para sentir o seu progresso.
Parabéns mesmo!!
Eu sei que deve ter sido difícil pra você ter essa conversa com sua esposa. Mas vejo que você se saiu muito bem.
Uma pena que ela não enxerga que pra ela também vai ser melhor.
Mas muita gente prefere viver das aparências...sem se importar em ter uma vida feliz. Talvez esse seja o caso dela estar resistindo a separação.
Continue firme no seu propósito, contudo procure não se exaltar quando estiver conversando com ela.
É possível manter a calma e continuar firme.
E gostei muito de saber que você não abrirá mão da sua responsabilidade como pai.Isso é importante. Ainda mais agora que você está se tratando, pode ser um pai excelente!!
Estou muito feliz com seu progresso! :)
Keep in touch!!!
Muitos abraços!!!!