"Eu passei muitos anos chorando por meu filho borderline quando eu percebi que os sonhos que eu tinha para ele poderiam nunca se realizar.
Eu comecei a lamentar mesmo quando o terapeuta do meu filho perguntou o que eu faria se meu filho precisasse viver em uma casa de recuperação pelo resto da vida.
Eu apenas comecei a soluçar de tanto chorar. O terapeuta explicou que o filho que eu achava que tinha havia morrido, junto com o futuro que eu tinha imaginado para ele. Mas quando eu terminasse de chorar, eu teria um novo filho, e eu teria novas aspirações para ele."
A aceitação vem quando o cuidador integra os “bons” e os “maus” aspectos do borderline que ama e percebe que o border não é nem um nem outro, mas ambos.
O cuidador nesse estágio tem aprendido a aceitar a responsabilidade por suas próprias escolhas e deixar as outras pessoas por conta de suas próprias escolhas também.
Cada um pode então tomar suas próprias decisões sobre o relacionamento com um claro entendimento de si mesmos e da pessoa com TPB.
Não sei se entendi bem este texto...
ResponderExcluirNão entendi o que quis dizer com:
"...O cuidador nesse estágio tem aprendido a aceitar a responsabilidade por suas próprias escolhas e deixar as outras pessoas por conta de suas próprias escolhas também."
Eu já aceitei a doença da minha filha há muito tempo.
Não creio que, um Border como a minha filha, tenha capacidade de decisão e de escolha com consciência. O que escolhe hoje, amanhã já não é verdade. Necessita sempre de confirmação para seus actos.
Meu único receio é o de eu envelhecer e não ficar ninguém apoiando a filhota.
Bjs
Carla
Então, Carla...
ResponderExcluirEu não posso opinar porque não conheço sua filha.
Mas o que posso dizer com certeza é que superproteção atrapalha e muito na melhora do borderline.
Se não se sentir útil e capaz de tomar as próprias decisões, o border ficará para sempre dependente do cuidador e isso é muito ruim.
Pra não permiti-la tomar as próprias decisões, a pessoa com TPB tem que ser totalmente incapaz.
Deve-se chegar a um estágio no tratamento onde a pessoa deve sim ser capaz de agir por si própria.
bjos
Olá, eu não tenho um cuidador com esse papel direto de conselhos e apoio. Na verdade, na maioria das vezes, quando conto meus planos (que mudam da noite pro dia) as pessoas próximas nem me houvem. O que acontecia com frequencia (enquanto não tinha muita consciência do comportamento) é que me frustava muito (ainda me frusto), ouvia críticas, ouvia que eu não sabia o que queria, eu mesma me criticava demais.
ResponderExcluirTer um apoio constante nos deixa inseguros quando temos que decidir algo sozinho. Não ter apoio nenhum nos deixa completamente sozinhos, num sentimento de abandono absurdo.
Creio que tanto em uma ou em outra situação, culpamos os outros (ou por quererem nos controlar ou por não darem a mínima pra nós) e nos culpamos por sermos errados, confusos, inconstantes.
Hoje estava pensando como é difícil viver dentro de mim ... como cada minuto é tão complexo, tão complicado ... nada é leve ...
Todos os borders se sentem assim?
Beijo
Maria
Eu acredito que em alguma fase sim, todos os borders se sentem assim.
ResponderExcluirInfelizmente ainda me sinto assim.
Não sei se há superação, mas acredito que sim.
O comportamento border cansa... tanto ao proprio border quanto aos que o rodeiam...
Não dá pra dizer quem sofre mais...
bjos
quanto aos comentários acim,
ResponderExcluirO Border vive na linha da psicose,pois não se sente presente por inteiro no mundo,a pessoa sente um vaziu profundo e tenta suprir isso desesperadamente ,é díficil compreender mas o fato é que ajudar uma pessoa assim deve ser,ajuda-lá a ser autônoma e responsável,é muito bom ter o apoio da família mas concordo com Wally cuidem para não super proteger!
Espero de coracao queconsigam tratamento para esse transtorno mas vou contar minha experiencia com meu filho. Apos tres tentativas de suicidio em seis anos, ele faleceu aos vinte e nove anos, menos um mes atras vitima de suicidio por enforcamento. Tentei de tudo. Psiquiatras, psicoterapias, centenas de remédios e nada resolveu. Ele sempre me disse que nao queria se curar. Que queria morrer. Durante todas as tentativas, falhas internacoes, UTIs, lagrimas e dor deixei muito claro o quanto o amava e meus braços estavam sempre abertos a ele. O que me resta e faz levantar a cada dia e saber que ele sabia q o amava incondicionalmente, apoiava. Ele me pediu que viva, que tome meus remédios, faca ginastica, me alimente e e o que estou fazendo apenas esperando o momento de nos encontrarmos novamente. Entao este e o meu conselho, de quem viveu na pele por anos o sofrimento de ver o sofrimento de meu filho: deixe sempre claro que o ama muito e que nunca o abandonara aconteça o q acontecer.
ResponderExcluirOlá Wally, eu sou border e meus pais ainda não sabem, descobri faz pouco mais de um mês, não sei como contar... Os dois sempre me cobraram e me machucaram tanto, fico confusa.
ResponderExcluirOlá Danielle
ResponderExcluirComo você obteve esse diagnóstico?
Sabe o que talvez seria uma boa ideia?
Você marcar uma consulta no psiquiatra, contar pra seus pais que você não está bem e então vai fazer essa consulta. E a partir daí fica mais fácil contar.
Mesmo porque você não deve ficar sem tratamento, seja qual for o diagnóstico.
Abraços