Ainda muito longe do vestibular ou de iniciar a carreira profissional, cada vez mais crianças têm de lidar com o estresse, há pouco tempo considerado “doença de adulto”.
Uma pesquisa da ISMA, associação internacional para prevenção e tratamento de estresse, apontou suas três principais causas entre crianças de 7 a 12 anos de idade.
A surpresa é que o bullying, a prática de violência, humilhação e intimidação física ou psicológica entre crianças, não é a primeira causa.
Em segundo, o excesso de tarefas na rotina é apontado por 56%. O bullying aparece em terceiro, com 41% das crianças reclamando do peer pressure (pressão dos colegas).
“O bullying não é generalizado”, explica Ana Maria Rossi, psicóloga e diretora da unidade brasileira da ISMA.
A pesquisa foi feita com 220 crianças do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Um dos motivos apontados pela especialista é o ambiente de brigas na família, que torna as crianças pouco comunicativas.
Pesquisa ouviu 220 crianças do Rio Grande do Sul e de São Paulo “Os pais começam a ficar preocupados, mas ao levar os filhos aos pediatras, muitas vezes nenhuma causa clínica para o mal-estar é revelada”, afirma Ana Maria.
“Após encaminhar a psicólogos, há casos que chegam a necessitar de medicação, para depressão ou para ansiedade.”
Uma das maneiras mais comuns de a criança mostrar que apresenta um problema de estresse é o que os psicólogos chamam de benefício secundário.
Ao ser hostilizada no ambiente escolar por conta das roupas que veste ou de sua aparência, a criança passa a se queixar de dores, por vezes inexistentes.
A reclamação faz com que elas possam escapar, por alguns dias, da escola.
“Alegar a dor faz com que elas evitem o lugar que as deixa tristes, conseguindo o que querem”, explica a psicóloga.
“A criança é muito intuitiva, sabe como usar sua sensibilidade para manipular o adulto.”
Um dos usos do benefício secundário é o de fugir do acúmulo de atividades, muitas delas impostas pelos pais. “É importante ver o que a criança gosta. Se ela não é esportiva, para que colocá-la, ao mesmo tempo, em aula de natação, basquete e futebol?”, afirma Ana Maria.
“Isso sobrecarrega os pequenos, muitas vezes eles odeiam a atividade, só não revelam isso verbalmente.”
Para Ana Paula Rossi, o mais importante para os pais é saber escutar os filhos.
“Devem monitorar as notas dos filhos, estar por perto, deixar de inventar atividades para a criança simplesmente por medo de conviver com ela”, diz a especialista. “
Quanto às mentiras, o melhor é tentar entender o porquê de o garoto usar o mecanismo de defesa, em vez de censurá-lo por isso.”
A psicóloga também afirma que os pais não devem ter medo de educar os filhos, cedendo às táticas de crianças muito mimadas para obter o que querem. “Para evitar um escândalo, muitas vezes os pais desviam da função de orientar, e isso é um desserviço à criança.”
“Nos Estados Unidos, essa é uma questão complicada, já vi muitos pais sendo censurados pelas pessoas ao tentarem passar autoridade às crianças em público”, diz Ana Maria.
“De vez em quando, é muito mais fácil para o pai simplesmente dizer sim ao mimo.”
O outro extremo também não é o mais indicado.
“O pai não deve ser irredutível quanto ao que o filho deve ou não fazer, a escolha precisa ser da criança”, diz Ana Maria.
(fonte)
na minha familia há esse tipo de comportamento dos meus pais, uma pressao mt grande colocada em nós, muitos deveres, obrigações, todos os tipos de aulas, etc etc... cada dia as crianças estao deixando de serem crianças.... elas ja nascem estressadas... otimo post!
ResponderExcluirMas também deve existir o meio termo. Se formos perguntar as crianças o que elas não querem fazer, aos 7 anos elas não querem nada! Meu filho adorava o judô e a natação, ele que escolheu ir, até é ruim para mim, é um tempo que dediquei a ele porque pediu muito. Mas quando o judô passou da brincadeira à disciplina ele não queria mais ir. Expliquei que irá, pois agora já falta pouco para receber sua última faixa, ai sim, ano que vem não vai. Esfriou um pouco e ele não queria mais a natação, aquele sempre adorou, queria ficar em casa vendo TV. Preguiça pura! Não podemos deixar que eles por simples motivos não queiram ir. Seria o mesmo que dizer que não gostam de ir à escola e por isso o acatemos e simplesmente não vai. Coerência, né? Discordo de muita coisa aí. Tem psicólogo que parece que nunca teve filho. E claro, numa coisa concordo, muita conversa. Se já não quer ir conversando e explicando, imagina gritando.
ResponderExcluirConcordo...com vc. mãe, infelizmwente nossa crianças hoje não tem mais limites, por isso que cada vez mais as famílias estão sendo destruidas , pela viol|ência, drogas e homossexualismo, pois os pais hoje não podem mais educar seus filhos ,que ditas as regras são as leis como ECA,. O ECA é um avanço para nossa sociedade, mas não podemos usá-lo para distrocer os conceitos e principios das famílias;
ResponderExcluir