03/12/2010

Depoimento Borderline - Vazio Crônico

Paciente: Olá, fui diagnosticada Borderline, e gostaria de saber se é possível com a medicação (Oxcarbamazepina) que me foi prescrita, e com terapia, viver em paz com a minha família (marido e filho de 7 anos). Amo eles e sinto que estou estragando tudo.

Sou filha adotiva de uma semana de vida, sempre tive uma família espetacular, mas às vezes sou assombrada com a sensação que existiu algum abuso por parte de meu pai quando eu era muito pequena. 
Tinha relações sexuais com minhas amigas de infância, me lembro perfeitamente, dos 4 aos 8 anos aproximadamente, e às vezes tenho a impressão que meu pai sabia e assistia, mas é tudo muito confuso. 

Tive muito êxito profissional, precoce até... sou muito boa profissional e extremamente criativa... mas estou sofrendo por causa desses desequilíbrios que ultimamente tem acontecido, brigas horrorosas sem grandes motivos com o meu marido, e agressões físicas dirigidas a mim mesma e à ele também; me envergonho depois. 

Sempre tive liberdade pra ser e ter tudo o que quis. Recheada de mimos, até os 20 anos, morei com meus pais "num modelo harmônico". 
Posteriormente fui convidada para trabalhar fora do país e então tudo começou... 

Sozinha, não dei conta de viver, busquei drogas, álcool, cigarro, diversos parceiros, tudo pra me preencher. 
Estou com medo, porque encontro nessas características de borderlines, muitas explicações... 

Hoje, vejo a fratura que eu mesma provoquei no meu dedo maior do pé, há uma semana atrás, e vejo que existe uma doença grave sim... mas eu quero enfrentá-la e saber se existem borderlines que com tratamento podem viver bem.

Estou vendo o problema de frente agora. Sei que ele existe. Tinha explicação.
Só preciso de esperança agora, e saber de profissionais sérios, se tenho grandes chances de viver em paz com a minha família que me ama, do meu marido que sabe e está do meu lado em paz...

Resposta: A Oxcarbamazepina (Trileptal, Leptard, Oxcarb), é um dos bons atores coadjuvantes no tratamento do TPB. O ator principal do tratamento é a Psicoterapia.

(Fonte: Blog de Dr. Rubens Pitliuk & Equipe)

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