23/05/2011

Aborto & Depressão

O aborto pode afetar seriamente a saúde psíquica das mulheres. 

Uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, vinculada à USP (Universidade de São Paulo) com 120 mulheres que passaram por aborto indica que mais da metade apresentara algum nível de depressão e a maioria sofre de baixa a média estima pessoal.

O estudo foi realizado entre agosto de 2008 e setembro de 2009, com mulheres internadas em um hospital público do interior do Estado de São Paulo, com diagnóstico de abortamento. 

Mariana, autora do estudo, detectou que 57% delas apresentavam sinais indicativos de depressão, sendo que em 33% os sintomas eram leves e prolongados e 22% eram moderados. Em 13% dos casos a depressão era grave.

Segundo a pesquisadora, estudos anteriores já mostraram que o aborto pode ter relação com depressão antes e após a ocorrência, mesmo a longo prazo.

A maioria das mulheres do estudo é jovem, solteira e com relacionamento estável, católica, com poucas atividades de lazer, sem fonte de renda própria, sem casa própria, mas com residência fixa há mais de um ano. 

A maioria delas também não teve problemas de relacionamento e de violência na gravidez. Entretanto, as que tiveram problemas relataram uso de álcool e drogas na família. 

Os dados revelaram, ainda, associação entre violência familiar e aborto provocado.

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