Paciente: Apesar de ser diagnosticada como Bipolar por um psiquiatra referência mundial em Transtorno Bipolar e durante algum tempo ter os sintomas bem condizentes com esta doença, li no site a respeito do Transtorno Borderline.
Percebo que, hoje em dia, pareço muito mais com uma Borderline. Gostaria de saber se, basicamente, são a mesma patologia em graus diferentes de intensidade.
Uso estabilizadores de humor (Seroquel, Lamitor e Topamax), mas continuo com instabilidade (muito semelhantes à Borderline) e gostaria de saber qual linha de terapia é mais indicada nesse caso.
No site fala sobre Analítica, mas li também em outros artigos que a mais indicada hoje em dia é a TCC.
Qual sua opinião? Desde já obrigada por tua atenção!
Resposta: Sua constatação é extremamente pertinente.
Veja que o psicoterapeuta precisa ter a percepção e destreza como tb. eficiência para distinguir e diagnosticar estes dois transtornos tão doloridos e desorganizadores da psique, díspares nas causas porém com conseqüências emocionais muito parecidas e sérias que afetam muito a auto-estima, a segurança afetiva e o equilíbrio emocional: causam distúrbios bioquímicos e/ou são advindos de uma herança genética....estes sintomas são o bastante para retardar ou dificultar em muito a auto-realização da pessoa.
Procura-se com a psicoterapia e a psiquiatria um equilíbrio bio-químico. A consciência desses distúrbios para assim serem curados, gerenciados, compreendidos e possibilitar um convívio seguro afetivamente e adequação dos potenciais pessoais, vejo a psicoterapia profunda (psicologia analítica) como necessária e produtiva , pois pesquisa a gênese dos sintomas que podem ser inúmeros (cada história pessoal contém sua características próprias).
A psicologia analítica, como ela sugere, vai em busca das vivências pessoais que são responsáveis pelas carências, feridas emocionais, sensações negativas e as avalia e assim as insere e as compreende como realidades emocionais pessoais facilitando gerenciá-las e/ou “desconstruí-las” podendo sanar traumas emocionais: obtendo-se, então, uma qualidade de vida muito melhor.
A psicoterapia também acompanha o tratamento medicamentoso que é importantíssimo e imprescindível; ajuda o psiquiatra na avaliação e acompanhamento de dosagens e nos resultados da medicação, porque o psicoterapeuta interage semanalmente com o paciente.
Minha opinião é que nos dois distúrbios a psicoterapia analítica é muito importante para esta análise e avaliação.
E naturalmente ela vai abordar o comportamento do paciente fazendo com que ele se confronte com seus limites e aprenda a lidar positivamente com eles.
Dr. Juarez Lopes Neto
estou voltando, aos poucos vou postando novos desabafos....
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