08/10/2010

Remédio Para Mal de Alzheimer

Remédio para mal de Alzheimer vai estar disponível no SUS a partir de 2011

Os brasileiros poderão contar com a distribuição gratuita do medicamento genérico Rivastigmina para combate ao mal de Alzheimer a partir de 2011. O remédio será produzido pelo Instituto Vital Brasil (IVB), de Niterói e estará disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O medicamento em cápsula já está em fase de testes e até abril do ano que vem, começa a ser produzido para o Ministério da Saúde em uma parceria entre o IVB e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública. A gerente de Desenvolvimento de Produção de Medicamentos do IVB, Tereza Lowen, informou nesta sexta-feira que o medicamento na forma de solução oral terá um lote piloto em outubro deste ano.

Somente após os testes de equivalência farmacêutica, o remédio estará apto para ser credenciado no registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Lowen acredita que a produção da solução oral do Rivastigmina chegará ao mercado no segundo semestre de 2011. A Rivastigmina reduz o ritmo de evolução da doença. "Faz com que a evolução fique mais lenta e melhora a parte cerebral. Melhora o desempenho do idoso nas questões de memória, de locomoção", disse Lowen.

O IVB será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo IVB, haverá economia para o ministério.

A perspectiva de acesso mais barato à medicação é positiva para os doentes, avaliou Tereza Lowen. Um frasco de 120 mililitros (ml) do remédio custa hoje, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400 e contém poucas doses. Para o ministério, o frasco da solução oral sai por R$ 202,39. O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por cápsula de 1,5 miligrama até R$ 3,40 por cápsula de 6 miligramas. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, 2 doses diárias por paciente. "Normalmente, você começa o tratamento com uma dose baixa de 1,5 miligrama e vai aumentando gradativamente até chegar a 6 miligramas".

A incidência da doença de Alzheimer é grande no Brasil. Ela prevalece entre 4% e 5% das pessoas com idade acima de 65 anos. "E, a partir dos 90 anos, (acomete) 50% das pessoas". No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem do mal.

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, ainda sem cura, que age de maneira silenciosa. Se caracteriza pela perturbação de várias funções cognitivas (relacionadas ao cérebro), entre as quais memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. 

Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.
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(fonte: SRZD)
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