04/05/2010

Paradoxo do Nosso Tempo


Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos
rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,
acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV
demais e raramente estamos com Deus.
.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos
freqüentemente.
.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos
à nossa vida e não vida aos nossos anos.
.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a
rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas
não o nosso próprio.
.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo,
mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos
menos; planejamos mais, mas realizamos menos.
.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
.
Construímos mais computadores para armazenar mais
informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos
comunicamos cada vez menos.
.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e
relações vazias.
.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas
chiques e lares despedaçados.
.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral
descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das
pílulas 'mágicas'.
.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na
dispensa.
.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te
permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar
'delete'.
.
by George Carlin

Nenhum comentário:

Postar um comentário